Bogotá — Os brasileiros, os argentinos e os colombianos ficaram entre os quatro maiores compradores estrangeiros de imóveis na Flórida em número de transações, apesar do impacto da pandemia nas finanças dos latino-americanos e da forte desvalorização das moedas.
De acordo com um relatório da Associação Americana de Corretores de Imóveis e da Organização dos Corretores da Flórida, os maiores compradores de imóveis residenciais nos EUA foram os canadenses, tanto em número (18%) quanto em valor (US$ 1.808 milhões).
Em número de operações, os colombianos ficaram em segundo lugar (9%), com compras totalizando US$ 800 milhões, um pouco abaixo dos US$ 835 milhões de 2019.
Os colombianos, juntamente com os canadenses, também foram os principais compradores estrangeiros em Miami-Fort Lauderdale-West Palm Beach, ambos com uma contribuição de 13%, superior à de argentinos (12%) e venezuelanos (7%).
Latino-americanos na Flórida
Em meio à forte desvalorização das moedas latino-americanas frente ao dólar, investidores com maior capital parecem optar pelo mercado imobiliário como refúgio, enquanto a pandemia provocou uma nova dinâmica devido ao trabalho flexível e fluxos migratórios para teletrabalho.
Depois da Colômbia, no item número de compras, a lista é seguida pela Argentina (7%), embora o valor das compras seja mais alto e tenha ficado em US$ 958 milhões em 2021.
Em seguida, vem os brasileiros (6%), com um total de US$ 725 milhões, e a Venezuela (5%), que, apesar da grave crise econômica que enfrenta, contribuiu com quase US$ 400 milhões em imóveis no estado americano.
O preço médio do comprador estrangeiro é estimado em US$ 310.400 para todas as casas existentes vendidas nesse mercado.
O relatório indica que, apesar da boa dinâmica dos latino-americanos, as compras de casas e condomínios unifamiliares existentes na Flórida por estrangeiros caíram 22% em 2021, para US$ 12,3 bilhões.
Na mesma trajetória, o número de compras de casas existentes também caiu 34%, para 22.500 casas, como resultado das contínuas restrições à entrada de estrangeiros nos EUA e à variante delta.
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