Petróleo deve ter primeira queda semanal desde dezembro com conversas no Irã

País se aproxima de reviver um acordo nuclear que suspenderia as sanções americanas às exportações de petróleo

West Texas Intermediate para março subia 0,6%, para US$ 90,42 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York às 7h26, horário de Brasília
Por Elizabeth Low e Grant Smith
11 de Fevereiro, 2022 | 08:20 AM

Bloomberg — Os preços do petróleo caminhavam para a primeira queda semanal desde meados de dezembro, com o Irã se aproximando de reviver um acordo nuclear que suspenderia as sanções americanas às exportações de petróleo.

Embora os futuros em Nova York tenham ultrapassado US$ 90 o barril nesta sexta-feira (11), eles ainda acumulam queda de cerca de 2% nesta semana. Autoridades dos EUA à Europa indicaram que os lados estão se aproximando de um pacto nuclear depois que as negociações foram retomadas em Viena na terça. Um salto maior do que o esperado na inflação dos EUA, que provocou comentários agressivos do Federal Reserve, aumentou o sentimento de baixa.

“Há sinais positivos vindo das negociações nucleares do Irã que sugerem que a linha de chegada pode estar à vista, mas, como sempre, o diabo está nos detalhes”, disse a Agência Internacional de Energia, com sede em Paris, em seu relatório mensal na sexta.

Embora o forte rali do petróleo tenha dado um fôlego, o consumo global continua se recuperando, com a Opep+ sugerindo na quinta-feira que a recuperação pode superar as previsões este ano. A AIE também disse que os preços podem subir ainda mais por causa da luta “crônica” da coalizão Opep+ para reativar a produção, a menos que os pesos pesados do grupo no Oriente Médio bombeiem mais.

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O aumento dos preços da energia está causando preocupação para os governos em todo o mundo. O conselheiro econômico da Casa Branca, Jared Bernstein, disse à CNN nesta semana que liberar mais reservas de petróleo para combater o aumento dos preços da gasolina era uma opção, enquanto o custo crescente do diesel está sobrecarregando os operadores de caminhões em toda a Ásia.

Preços do petróleo

  • O West Texas Intermediate para março subia 0,6%, para US$ 90,42 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York às 7h26, horário de Brasília
  • O Brent para liquidação de abril avançava 0,4%, para US$ 91,80 na bolsa ICE Futures Europe, após cair 0,2% na quinta

A retomada do acordo nuclear com o Irã pode ajudar a aliviar parte do aperto no equilíbrio global entre oferta e demanda. A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que um acordo que aborda as preocupações de todos os lados está à vista, enquanto o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, disse que as partes estão “chegando aos últimos passos”.

Mais notícias sobre o petróleo

  • As grandes empresas de petróleo do mundo estão injetando dinheiro como se o petróleo já estivesse sendo negociado a US$ 100 o barril.
  • Os compradores de petróleo em toda a Ásia estão dispostos a pagar pelo carregamento de suprimentos do leste da Rússia, apesar das preocupações com possíveis sanções lideradas pelos EUA aos fluxos devido à crise na Ucrânia.
  • O mercado de gasolina está em alta na Europa e na Ásia, pois a Nigéria busca urgentemente o reabastecimento do combustível depois de receber cargas impróprias para o consumo doméstico.

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