Bloomberg — Os preços do petróleo caminhavam para a primeira queda semanal desde meados de dezembro, com o Irã se aproximando de reviver um acordo nuclear que suspenderia as sanções americanas às exportações de petróleo.
Embora os futuros em Nova York tenham ultrapassado US$ 90 o barril nesta sexta-feira (11), eles ainda acumulam queda de cerca de 2% nesta semana. Autoridades dos EUA à Europa indicaram que os lados estão se aproximando de um pacto nuclear depois que as negociações foram retomadas em Viena na terça. Um salto maior do que o esperado na inflação dos EUA, que provocou comentários agressivos do Federal Reserve, aumentou o sentimento de baixa.
“Há sinais positivos vindo das negociações nucleares do Irã que sugerem que a linha de chegada pode estar à vista, mas, como sempre, o diabo está nos detalhes”, disse a Agência Internacional de Energia, com sede em Paris, em seu relatório mensal na sexta.
Embora o forte rali do petróleo tenha dado um fôlego, o consumo global continua se recuperando, com a Opep+ sugerindo na quinta-feira que a recuperação pode superar as previsões este ano. A AIE também disse que os preços podem subir ainda mais por causa da luta “crônica” da coalizão Opep+ para reativar a produção, a menos que os pesos pesados do grupo no Oriente Médio bombeiem mais.
O aumento dos preços da energia está causando preocupação para os governos em todo o mundo. O conselheiro econômico da Casa Branca, Jared Bernstein, disse à CNN nesta semana que liberar mais reservas de petróleo para combater o aumento dos preços da gasolina era uma opção, enquanto o custo crescente do diesel está sobrecarregando os operadores de caminhões em toda a Ásia.
Preços do petróleo
- O West Texas Intermediate para março subia 0,6%, para US$ 90,42 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York às 7h26, horário de Brasília
- O Brent para liquidação de abril avançava 0,4%, para US$ 91,80 na bolsa ICE Futures Europe, após cair 0,2% na quinta
A retomada do acordo nuclear com o Irã pode ajudar a aliviar parte do aperto no equilíbrio global entre oferta e demanda. A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que um acordo que aborda as preocupações de todos os lados está à vista, enquanto o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, disse que as partes estão “chegando aos últimos passos”.
Mais notícias sobre o petróleo
- As grandes empresas de petróleo do mundo estão injetando dinheiro como se o petróleo já estivesse sendo negociado a US$ 100 o barril.
- Os compradores de petróleo em toda a Ásia estão dispostos a pagar pelo carregamento de suprimentos do leste da Rússia, apesar das preocupações com possíveis sanções lideradas pelos EUA aos fluxos devido à crise na Ucrânia.
- O mercado de gasolina está em alta na Europa e na Ásia, pois a Nigéria busca urgentemente o reabastecimento do combustível depois de receber cargas impróprias para o consumo doméstico.
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