Bloomberg — A onda de desmembramento de grandes empresas não dá sinais de que termina tão cedo.
Empresas com valor de mercado somado de aproximadamente US$ 1 trilhão estão executando planos para dividir seus negócios. Nesta lista entraram recentemente uma das maiores gestoras de investimentos institucionais do mundo e uma gigante europeia de energia.
A canadense Brookfield Asset Management (BAM) informou que estuda desmembrar a divisão que investe em nome de instituições. O patrimônio dessa entidade separada é avaliado em US$ 100 bilhões. A Naturgy Energy (NTGY), maior distribuidora de gás natural da Espanha, planeja separar as operações de infraestrutura e energia em duas empresas listadas em bolsa.
A tendência não é nova, mas ganha impulso à medida que os investidores pressionam a direção das companhias a gerar valor e melhorar a governança por meio da simplificação de suas estruturas. As icônicas General Electric (GE), Johnson & Johnson (JNJ) e Toshiba (TYO) anunciaram planos de desmembramento, afastando-se do modelo de conglomerado.
O número crescente de empresas separando divisões oferece uma oportunidade única para firmas especializadas em aquisições. A divisão de saúde do consumidor da farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) ainda pode ser abocanhada por firmas de private equity. Também no Reino Unido, a Informa (IFJPY) acertou nesta semana a venda de 85% da divisão Pharma Intelligence para a Warburg Pincus por 1,7 bilhão de libras esterlinas (US$ 2,3 bilhões).
Blackstone (BX) e Carlyle Group (CG) estão em negociações sobre uma potencial parceria para fazer uma oferta pela divisão de medicamentos genéricos da suiça Novartis (NVS), que que seria uma das maiores aquisições já realizadas, segundo reportagem veiculada pela Bloomberg News este mês. Bain Capital (BCSF) e CVC Capital Partners formaram um consórcio para estudar uma oferta pela divisão internacional de drogarias da Walgreens Boots Alliance (WBA), com valor de até 7 bilhões de libras.
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