Ibovespa sobe em dia de IBC-Br impulsionado por Itaú

Desempenho positivo do índice é puxado pelas ações do Itaú, que sobem nesta manhã após banco divulgar resultado acima do esperado no quatro tri

Painel de cotações da B3
11 de Fevereiro, 2022 | 10:49 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV), principal índice de renda variável da Bolsa brasileira, opera em alta de 0,7% na manhã desta sexta-feira (11).

As atenções recaem hoje sobre o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB do Banco Central, que subiu 0,33% em dezembro na comparação mensal, fechando o ano de 2021 com avanço de 4,5% em relação ao ano anterior.

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Entre as maiores altas, destaque para os papéis de Itaú Unibanco (ITUB4) e a holding Itaúsa (ITSA4), que subiam 6,2% e 4,5%, após o banco reportar resultados acima do consenso de mercado.

O Itaú reportou lucro líquido recorrente de R$ 7,159 bilhões no quarto trimestre do ano passado, resultado 32,9% superior ao obtido no mesmo período do ano anterior e também acima das estimativas dos analistas do consenso Bloomberg, de R$ 6,77 bilhões.

Segundo o banco, o desempenho reflete um volume maior de crédito aos clientes no último trimestre do ano, aliado a um mix de produtos com margens maiores. O banco afirma que também contribuiu um crescimento das receitas com serviços e tarifas, particularmente no segmento de cartões, decorrente da melhora na atividade econômica.

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As ações da Multiplan (MULT3) também subiam 1%, após a empresa divulgar fortes resultados referentes ao quarto trimestre.

Na ponta oposta, lideravam as perdas na Bolsa nesta manhã os papéis de BB Seguridade (BBSE3) e Magazine Luiza (MGLU3), com baixas de 2,16% e 2%, respectivamente.

Veja mais: No vermelho, mercados ponderam magnitude do aumento de juros nos EUA

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Confira o desempenho dos principais indicadores por volta das 10h30 (horário de Brasília):

  • O Ibovespa (IBOV) operava em alta de 0,67%, aos 114.127 pontos;
  • O Ifix (índice que acompanha o desempenho de fundos imobiliários listados na B3) tinha leve alta de 0,08%, aos 2.763 pontos;
  • O dólar comercial tinha queda de 0,9%, negociado aos R$ 5,19 na compra;
  • No mercado de juros futuros, o DI com vencimento em 2023 recuava dois pontos-base, a 12,32%, enquanto o contrato com vencimento em 2027 cedia quatro pontos-base, a 11,24%;
  • O Bitcoin (BTC) recuava 0,42%, a US$ 43.592;
  • Já entre as commodities, o barril do petróleo tipo Brent tinha alta, negociado aos US$ 92;

Quadro externo

Após encerrarem o último pregão em queda de até 2%, os mercados futuros americanos amanhecem em queda nesta sexta, ainda digerindo os dados de inflação nos Estados Unidos acima do esperado, com alta de 7,5% em janeiro, no maior patamar desde 1982.

  • Nos EUA, o Dow Jones futuro caía 0,17%, o S&P tinha leve queda de 0,18%, enquanto o índice futuro da Nasdaq recuava 0,18%;
  • Na Europa, o sentimento também é negativo. O índice FTSE 100, do Reino Unido, recuava 0,7%, enquanto o CAC-40, da França, cedia 1,07%

Contribuiu para azedar os mercados ainda as falas do dirigente do Fed de St. Louis, James Bullard, que disse apoiar o aumento das taxas em um ponto percentual completo até o início de julho, incluindo o primeiro aumento de meio ponto desde 2000.

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Ele levantou a possibilidade de uma mudança entre as revisões de políticas programadas.

Agora, economistas do mercado financeiro já projetam altas constantes dos juros nos próximos meses. O Goldman Sachs, por exemplo, estima sete altas de juros no ano, levando a taxa, que está próxima de zero, para 1,85%.

Outras autoridades do Fed, no entanto, não estão com pressa para aumentar as taxas antes de sua reunião no próximo mês, nem um movimento de 50 pontos-base em março parece provável ainda.

Os mercados estão lutando para se ajustar à retirada do estímulo da era da pandemia, enquanto as autoridades combatem a inflação. O achatamento da curva de rendimento do Tesouro sugere que os investidores esperam uma desaceleração do crescimento econômico à medida que o Fed aumenta as taxas e reduz seu balanço patrimonial para conter as pressões sobre os preços.

Enquanto isso, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, alertou que uma corrida para apertar a política monetária pode prejudicar a recuperação econômica da região, e o economista-chefe do BCE, Philip Lane, defendeu sua opinião de que a inflação recorde na zona do euro deve diminuir sem medidas mais duras.

(Com Bloomberg News)

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.