Bloomberg Línea — Ao contrário do varejo brasileiro, que apresentou uma queda anualizada em 2021, o setor de serviços brasileiro registrou uma alta de 10,9% no período, após ter recuado 7,8% em 2020, o maior crescimento anual desde o início da série histórica, em 2012. Conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quinta-feira (10), na comparação mensal de dezembro, o setor cresceu 1,4%, o segundo mês seguido de alta.
Veja mais: IPCA avança 0,54% em janeiro, maior para o mês desde 2016
Segundo o instituto, as atividades que mais se destacaram no ano foram transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio e informação e comunicação. Com o aumento, as duas atividades superaram as quedas de 7,6% e 1,6%, respectivamente, registradas em 2020.
- Os demais avanços vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares, serviços prestados às famílias e outros serviços.
Já na comparação mensal, em dezembro, quatro das cinco atividades investigadas avançaram no mês. O maior impacto veio do setor de transportes, que cresceu 1,8%, segundo resultado positivo seguido, acumulando ganho de 4,0%. O setor está 9,8% acima do patamar pré-pandemia, mas 5,2% abaixo do seu ponto mais alto da série, em fevereiro de 2014.
Inflação e varejo
Os dados sobre os serviços no país vem na esteira de uma série de divulgações do IBGE desta semana, incluindo os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que teve alta mensal de 0,54% em janeiro, o maior avanço para o mês desde 2016.
- Segundo o instituto, o resultado foi influenciado, principalmente, por alimentação e bebidas, com alta 1,11%, que teve o maior impacto no índice.
O instituto também divulgou o resultado para o setor de varejo em 2021, que apontou para uma queda mensal de 0,1% em dezembro, mas com crescimento anual de 1,4% em relação a 2020.
- Segundo o instituto, cinco setores fecharam o segundo semestre em queda: móveis e eletrodomésticos, livros, jornais, revistas e papelaria, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, combustíveis e lubrificantes e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.
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