Bloomberg — Os preços do petróleo oscilavam nesta quarta-feira (9) enquanto traders ponderam sobre a continuidade da força do mercado contra os riscos do atual rali, incluindo a adição de suprimentos do Irã.
Os futuros em Londres se aproximavam de US$ 91, após um início de semana tumultuado que viu os preços recuarem depois de atingirem altas de vários anos. Os futuros de petróleo bruto, assim como outras commodities, estão em retrocesso, indicando oferta apertada, e os contratos do petróleo do Mar do Norte estão sendo licitados com prêmios recordes.
Na terça, a Administração de Informações sobre Energia (EIA) dos EUA disse que os estoques globais de petróleo diminuirão em janeiro e fevereiro, em parte por uma revisão do consumo do mês passado para cima. Isso foi atenuado, no entanto, por uma previsão de que os estoques aumentarão pelo resto do ano, impulsionados pelo crescimento da produção americana.
O forte rali do petróleo teve uma pausa nesta semana depois que uma série de sete ganhos semanais impulsionou os preços para o maior nível desde 2014. Uma onda de diplomacia em Viena estimulou um otimismo renovado de avanço nas negociações para ressuscitar o acordo nuclear do Irã. Enquanto isso, o presidente da França, Emmanuel Macron, sugeriu que a tensão política em torno da Ucrânia poderia diminuir.
“Até agora, o sentimento do preço do petróleo tem sido dominado por um desequilíbrio crescente”, disse Stephen Brennock, analista da PVM Oil Associates. “O fracasso em diminuir as tensões em relação à Ucrânia manterá as preocupações do mercado sobre a possibilidade de interrupções no fornecimento de petróleo.”
Preço do petróleo
- West Texas Intermediate (WTI) para entrega em março caía 0,5% para US$ 88,95 o barril às 6h40, horário de Brasília
- Brent (BRENT) para liquidação de abril recuava 0,4% em US$ 90,40
O conselheiro econômico da Casa Branca, Jared Bernstein, disse em entrevista à CNN que liberar mais reservas de petróleo é uma “opção que pode ser colocada na mesa conforme necessário” para ajudar a combater os preços da gasolina. Essa tática, no entanto, teve pouco impacto até agora, com o combustível para motores subindo para o nível mais alto em mais de sete anos.
O American Petroleum Institute relatou outra queda no principal centro de armazenamento de Cushing, ao mesmo tempo em que sinaliza que os estoques nacionais encolheram 2 milhões de barris, segundo pessoas familiarizadas com os dados. Os números oficiais da EIA devem ser divulgados na quarta-feira.
Mais notícias sobre o petróleo
- Quase dois anos após o início dos lockdowns generalizados por conta da covid-19, o tráfego nas cidades do mundo ainda não voltou ao normal.
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--Com a colaboração de Julian Lee
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