Covid: um em cada 10 pais em Hong Kong quer vacinar os filhos

Percentual sobe para cerca de 13% mediante obrigatoriedade da imunização para frequentar a escola, segundo pesquisa

Por

Bloomberg — A grande maioria dos pais em Hong Kong não estão dispostos a vacinar seus filhos contra covid-19, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (8).

Apenas um em cada 10 entrevistados disse estar preparado para imunizar seus filhos de cinco a 12 anos, em uma pesquisa online com 11.141 pais realizada pela Universidade de Educação de Hong Kong. Se as escolas exigirem que as crianças sejam vacinadas para retomar o aprendizado presencial, 13,5% dos pais disseram que estariam dispostos a fazê-lo.

Quase 49% dos entrevistados não concordaram que a vacinação reduziria a gravidade da infecção por covid em uma criança, ao passo que 84,5% dos entrevistados estavam preocupados com os efeitos colaterais das injeções.

A pesquisa foi realizada entre 20 e 27 de janeiro, quando a variante ômicron estava começando a tomar Hong Kong. A cidade, que tem uma estratégia de erradicação da pandemia, deve atingir um recorde de 1,1 mil novas infecções na quarta-feira (9), segundo a mídia local.

Veja mais: Covid: Hong Kong proíbe aglomerações e toma medidas rigorosas

“As autoridades competentes devem fortalecer a prestação de informações aos pais sobre a eficácia e segurança da vacinação infantil”, disse Jianbin Li, professor auxiliar do departamento de educação infantil da universidade.

Em 24 de janeiro, o governo de Hong Kong anunciou que, para retomar as aulas presenciais, pelo menos 70% dos funcionários de uma escola devem estar com as duas doses em dia e 70% dos alunos devem ter recebido uma dose única da vacina da BioNTech (BNTX) ou duas doses da vacina da Sinovac (SVA).

A relutância dos pais em vacinar seus filhos será um novo problema para o governo, que luta para imunizar outra faixa etária – os idosos. Apenas 33% das pessoas com mais de 80 anos tomaram a primeira dose, provocando temores de que um grande surto possa custar muitas vidas e sobrecarregar o sistema de saúde.

--Esta notícia foi traduzida por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

Veja mais em Bloomberg.com

Leia também