Bolsa fecha em leve alta e dólar cai em dia de IPCA e vendas no varejo

No Ibovespa, as maiores altas vieram das ações de Natura, com ganhos de 7,83%, e das de Azul, com alta de 6,44% nesta quarta

Dia também foi de ganhos para as bolsas europeias e americanas, com alta de 2% na Nasdaq
09 de Fevereiro, 2022 | 06:38 PM

Bloomberg Línea — Após operar entre perdas e ganhos ao longo da tarde desta quarta-feira (9), o Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão em baixa de 0,20%, negociado aos 112.461 pontos.

No radar dos investidores, estiveram hoje dados econômicos domésticos, como a inflação de janeiro e as vendas no varejo em dezembro.

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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,54% em janeiro, no maior avanço para o mês desde 2016. O resultado foi influenciado, principalmente, por alimentação e bebidas, com alta de 1,11%.

Já as vendas no varejo tiveram leve queda de 0,1% em dezembro ante novembro, mas encerraram o ano de 2021 com crescimento acumulado de 1,4% em relação a 2020.

Entre os destaques corporativos desta quarta, o Cade aprovou a venda da Oi (OIBR4) Móvel para Claro, TIM (TIMS3) e Vivo (VIVT3), com restrições.

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As três concorrentes terão de garantir acesso à infraestutura por outras empresas do setor, por meio da venda de estações de rádio-base e do aluguel de parte do espectro da Oi a outras operadoras, a fim de propiciar condições de entrada de outros players no mercado.

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Os papéis preferenciais da Oi encerraram o pregão em queda de 2,88%, negociados a R$ 1,01, e os ordinários, OIBR3, em baixa de 1,70%, a R$ 1,73. Os de TIM e Vivo, por sua vez, subiram 5,06%, a R$ 14,13, e 2,72%, negociados a R$ 50,60, respectivamente.

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As maiores altas vieram de Natura (NTCO3), com ganhos de 7,83%, a R$ 23,55, e Azul (AZUL4), com ganhos de 6,44% na B3, a R$ 28,11.

Atenção ainda para Bradesco (BBDC4), que recuou 8,58% na Bolsa, aos R$ 20,77, após divulgar seus resultados referentes ao quarto trimestre.

No período, o banco registrou um lucro líquido recorrente de R$ 6,61 bilhões, resultado 2,8% menor do que o obtido no mesmo período do ano anterior e também abaixo das estimativas médias dos analistas do consenso Bloomberg, de R$ 6,97 bilhões. O intervalo de projeções variava de R$ 6,84 bilhões a R$ 7,32 bilhões.

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Ainda entre as quedas na B3, estiveram as ações de Itaú Unibanco (ITUB4) e Via (VIIA3), com baixas de 3,98% e 2,42%, respectivamente.

  • O Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão em alta de 0,20%, aos 112.461 pontos;
  • O dólar (USDBRL) recuou 0,79%, negociado a R$ 5,22;
  • Entre os contatos de juros futuros, o com vencimento em janeiro de 2023 subiu 15 pontos-base, a 12,26%, enquanto o com vencimento em janeiro de 2027 recuou seis pontos-base, 11,20%;
  • O Bitcoin (BTC) recuava 0,56% às 18h25, a US$ 43.981;
  • Já entre as commodities, o petróleo tipo Brent subiu 1,06%, negociado na casa dos US$ 91,73.

Cena externa

No exterior, o dia foi de otimismo, com investidores digerindo a temporada de resultados corporativos do quarto trimestre e em meio à retomada das ações de tecnologia nos Estados Unidos.

  • O S&P 500 fechou em alta de 1,45%, aos 4.587 pontos;
  • O Dow Jones subiu 0,86%, aos 35.768 pontos;
  • O índice da Nasdaq teve seu segundo dia de alta, com ganhos de 2,08%, aos 14.490 pontos.

Os investidores estão pesando os lucros ainda robustos ao mesmo tempo em que pesam as preocupações com uma rápida retirada do estímulo da era da pandemia.

Até o momento, cerca de 76% das 317 empresas do S&P 500 que divulgaram resultados superaram as estimativas de lucros, com lucros chegando quase 6% acima dos níveis projetados.

Os mercados, contudo, aguardam os dados de inflação nos EUA, com expectativa de que uma forte alta alimente apostas em uma decolagem mais agressiva do Federal Reserve, o banco central americano, em março.

Na Europa, destaque para o índice Stoxx 600, que fechou em alta de 1,72%.

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.