Bloomberg — A bolsa brasileira passa por uma reprecificação por estar extremamente descontada e a atratividade das ações desperta interesse dos estrangeiros mesmo diante da eleição presidencial, de acordo com a Guepardo Investimentos.
“Com Lula ou sem, a bolsa está extremamente barata e tem de reprecificar”, disse Octavio Ferreira de Magalhães, CEO da gestora, que supervisiona cerca de R$ 1,4 bilhão.
A bolsa registrou entrada líquida de capital estrangeiro de R$ 32,5 bilhões em janeiro, a segunda maior mensal desde pelo menos 2008, o que deu combustível ao rali dos ativos brasileiros. No mês passado, o Ibovespa subiu 7%, na contramão do sell-off global e o real registrou o melhor mês entre as moedas emergentes.
Por ora, os preços baixos são suficientes para despertar o interesse dos investidores e relevar a eleição, de acordo com Magalhães. Mas ele coloca uma ressalva após o frenesi de compras: se Lula ganhar e adotar uma postura radical, os ativos brasileiros podem cair de novo.
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No ano passado, o fundo Guepardo Institucional teve alta de 9,85%, em contraste com a queda de 11,9% do Ibovespa, que foi punido pelas perspectivas de crescimento mais fraco, juros mais altos e incerteza eleitoral.
A carteira traz ativos considerados pelo gestor como “sem charme” - não possui nomes de varejistas e fintechs consideradas muito valorizadas e que ainda não entregaram resultados à altura.
A gestora elevou a aposta em Anima e Rumo, que já estavam presentes em 2021. A fatia de Petrobras foi reduzida e houve inclusão da Ultrapar. Itaú, Klabin e Vulcabras completam a lista das sete grandes posições detidas na carteira.
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