Bloomberg Línea — O plantio da segunda safra de milho teve início há pouco mais de quatro semanas e até o último sábado (05/02) já foi concluído em 22,4% da área prevista para receber o cereal. O resultado representa um crescimento superior a 54% em apenas uma semana a se mostra bastante adiantado em comparação ao plantio realizado no mesmo período do ano passado. No início de fevereiro de 2021, pouco mais de 4% da área havia sido plantada por conta dos atrasos provocados pelo clima. Neste ano, com as condições favoráveis na região Centro-Oeste, o ritmo de plantio está cinco vezes mais rápido e voltando aos padrões normais. Os dados foram divulgados hoje pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Em Mato Grosso, por exemplo, maior Estado produtor de milho, o plantio da segunda safra já cobre mais de 40% da área. Em Goiás, os trabalhos também ganharam ritmo na última semana (veja o mapa abaixo). Em Mato Grosso do Sul, mesmo com a estiagem registrada, o plantio cresceu na semana passada. Além disso, Minas Gerais e Tocantins iniciaram o plantio da segunda safra de milho.
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Se por um lado o clima tem favorecido o plantio da segunda safra de milho, ele continua influenciando os rendimentos da primeira safra do cereal, que chegou a 14,6% até o fim da semana passada. A seca que atingiu os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul durante o desenvolvimento das primeira lavouras plantadas já prejudicou a produtividade da região Sul. Os trabalhos de colheita da primeira safra seguem em ritmo normal, levemente mais rápido do que o registrado no mesmo período do ano passado. Quase metade das lavouras de milho do Rio Grande do Sul já foi colhida.
Na próxima quinta-feira, a Conab divulga a atualização de sua estimativa de produção para a safra brasileira de grãos. No relatório de janeiro, a estatal cortou praticamente 5 milhões de toneladas do número da safra de milho apresentado em dezembro, em uma redução mensal de 3,7%. A última projeção aponta para uma safra total de milho de 112,9 milhões de toneladas, ainda bem acima das 87 milhões de toneladas colhidas no ano passado, porém, com grandes chances de haver novos cortes.