Bloomberg Línea — Com os investidores repercutindo a ata da última reunião de política monetária no Brasil e a divulgacão de resultados corporativos do quarto trimestre, o Ibovespa (IBOV) opera próximo da estabilidade na tarde desta terça-feira (8).
Em comunicado, os dirigentes do Banco Central declararam que optaram por não sinalizar a magnitude da próxima alta de juros por conta do alto grau de incerteza, principalmente ligado às commodities.
Na agenda de balanços, destaque para resultados da XP Inc. (XP) e Bradesco (BBDC4) depois do fechamento do pregão. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro, a ser divulgado amanhã (9), também já está no radar.
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Por volta das 15h10 (horário de Brasília), o principal índice de renda variável da Bolsa brasileira operava próximo da estabilidade, aos 111.883 pontos. Entre as maiores altas, destacavam-se as ações de Marfrig (MRFG3) e Banco Pan (BPAN4), com ganhos de 4,6% e 4,8%, respectivamente.
Na ponta oposta, NotreDame (GNDI3) e 3R Petroleum (RRRP3) lideravam as perdas do índice, com baixas de 3,4% e 2,9%.
Confira, a seguir, o desempenho dos principais indicadores por volta das 14h20 (horário de Brasília):
- O Ibovespa operava em leve alta de 0,02%, aos 112.008 pontos
- O dólar (USDBRL) avançava 0,27%, negociado a R$ 5,27
- No mercado de juros futuros, o contrato DI com vencimento em 2023 avançava 14 pontos-base, a 12,12%, enquanto o DI com vencimento em 2027 subia dez pontos-base, a 11,24%
- Nos EUA, os mercados operavam em alta: o índice Dow Jones subia 0,8%, o S&P avançava 0,6%, enquanto o Nasdaq tinha ganhos de 0,8%
- Na Europa, destaque para o avanço de 0,3% do índice CAC-40, de Paris
- Atenção ainda para o Bitcoin (BTC), cujo preço recuou para abaixo dos US$ 44 mil, na primeira queda da criptomoeda em seis dias
Cenário externo
Nos Estados Unidos, os mercados operavam em alta na tarde desta terça (8), impulsionados pelas empresas cíclicas e small caps, sinalizando uma melhora na confiança dos investidores nas perspectivas de crescimento em meio ao aperto monetário.
O rendimento do Tesouro de 10 anos nos EUA subiu para 1,97%, um nível visto pela última vez em 2019, com alguns investidores apostando que a taxa deverá caminhar para 3% este ano, enquanto o Federal Reserve, o banco central americano, luta contra a inflação nas alturas.
Neste cenário, o mercado aguarda pelos dados de quinta-feira que devem mostrar uma inflação persistentemente alta nos EUA.
Isso poderia injetar mais volatilidade nos mercados financeiros, que se preparam para um ciclo de aumentos das taxas do Federal Reserve e eventual redução do balanço patrimonial. O aumento nos rendimentos, contudo, também pode beneficiar algumas ações, como as de bancos e ações de valor, segundo o Goldman Sachs, em meio a ganhos geralmente sólidos.
(Com informações da Bloomberg News)
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