Bloomberg — No pouco compreendido universo das negociações de petróleo do Mar do Norte, há um próspero mercado de swaps que estabelece valor para a commodity em cada semana do ano. Neste momento, esse mercado está em efervescência.
Derivativos que precificam o petróleo para uma semana à frente - os chamados contratos por diferença - estão sendo negociados no maior nível desde pelo menos 2006, segundo dados da corretora PVM Oil Associates.
Essa disparada, combinada a uma estrutura que sinaliza escassez de oferta nas próximas semanas, sugere força extrema no mercado do Mar do Norte, que é referência para o petróleo no resto do mundo.
O avanço se reflete em outras partes do mercado de petróleo.
Seja para petróleo bruto ou produtos refinados como o diesel, as curvas futuras estão avançando profundamente em uma estrutura conhecida como “backwardation” – em que os preços à vista são mais altos do que os preços futuros, indicando escassez de oferta.
O movimento recente coincide com um quadro de demanda robusta, acréscimos irregulares de suprimentos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), além de maiores riscos geopolíticos.
“Em nossas conversas, o tema comum é que ninguém viu um mercado tão apertado assim antes”, disse Keshav Lohiya, fundador da consultora Oilytics.
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