Bloomberg — A subvariante BA.2 da ômicron, que parece ser mais transmissível do que a cepa original, foi responsável por quase um quinto dos casos de coronavírus da África do Sul em janeiro, em comparação com 4% em dezembro, disse uma autoridade médica.
O possível impacto da subvariante não está claro, disse Michelle Groome, chefe de vigilância e resposta em saúde pública do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis do país, em entrevista coletiva on-line nesta sexta-feira (4). Até agora, não há indicação de que a subvariante cause uma versão mais grave da doença.
“Em termos de gravidade, deveríamos analisar as hospitalizações”, disse. “Precisaríamos de mais dados”.
O surgimento da BA.2 coincidiu com um platô do rápido declínio anterior nos casos de covid na África do Sul. No entanto, algumas áreas voltaram a apresentar aumento de casos. Mesmo assim, o ministro da Saúde Joe Phaahla afirmou que o aumento provavelmente ocorreu devido ao fato de as escolas terem reaberto após as férias de fim de ano. Segundo ele, houve um aumento de casos entre pessoas com menos de 20 anos de idade.
A África do Sul, cujos cientistas anunciaram a descoberta da ômicron em novembro, foi o primeiro país a passar por uma grande onda de infecções da variante. A trajetória da onda de infecções foi observada de perto como um arauto do que outras nações poderiam experimentar.
Até agora, a experiência foi relativamente positiva. As mortes da onda de casos de ômicron atingiram um pico de 24% do que foi visto na onda da variante delta, disse Waasila Jassat, especialista em saúde pública do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis, na coletiva. Segundo ela, as hospitalizações atingiram um pico de 67%.
--Esta notícia foi traduzida por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.
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