Aumento de empregos nos EUA supera estimativas

Setores de lazer e hospitalidade, transporte e armazenamento, varejo e serviços profissionais e empresariais registraram aumentos

Una feria de empleos en Detrori
Por Reade Pickert
04 de Fevereiro, 2022 | 11:50 AM

Bloomberg — Os empregadores dos Estados Unidos mantiveram a onda de contratações do mês passado, mesmo com um aumento recorde nas infecções por covid-19 e com o isolamento, e o aumento dos salários aumentou a pressão sobre o Federal Reserve para aumentar as taxas de juros.

O Payroll não-agrícola teve aumento de 467 mil em janeiro, após um ganho de 510 mil revisado para cima em dezembro, segundo relatório do Departamento do Trabalho do País divulgado nesta sexta-feira (4). A taxa de desemprego subiu para 4%, e o salário médio por hora também aumentou.

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467 mil novos trabalhadores entraram para a economia dos EUA em janeiro

A estimativa mediana em uma pesquisa da Bloomberg com economistas foi de um avanço de 125 mil no payroll, embora as previsões variassem amplamente. Diversos fatores, incluindo a ômicron, o ajuste sazonal e a forma como são contabilizados os trabalhadores que estão em quarentena em casa, tornam a interpretação dos dados de janeiro um desafio.

O dólar disparou com a rentabilidade dos Treasuries após o relatório. Por sua vez, os futuros de índices de ações dos EUA caíram ligeiramente.

Em uma demonstração surpreendente de força, o mercado de trabalho continuou melhorando no mês passado, superando níveis recordes de infecções por coronavírus e o consequente absenteísmo no trabalho. Os dados reforçam ainda mais a descrição do presidente do Fed Jerome Powell do mercado de trabalho como “forte” e validam a intenção do banco central de aumentar as taxas de juros em março para combater a inflação mais alta em quase 40 anos.

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“Isso tem muito mais a ver com o que representam essas revisões, mas o que representam hoje é que o mercado de trabalho está gritando”, disse Jeff Rosenberg, gerente sênior de portfólio da BlackRock (BLK), à Bloomberg Television. “A pressão sobre o Fed continuará”.

O potencial de um índice fraco – ou até mesmo negativo – dos payrolls, em grande parte devido às interrupções relacionadas ao vírus, foi bem telegrafado nos dias anteriores ao relatório, inclusive por funcionários da Casa Branca e do Fed.

Ajustes populacionais

Após ajustes para refletir as estimativas populacionais atualizadas, a taxa de participação na força de trabalho – parcela da população que está trabalhando ou procurando trabalho – aumentou para 62,2%. Sem esse impacto, a taxa ficou inalterada nos 61,9% em dezembro.

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Enquanto isso, o relatório do Departamento do Trabalho mostrou que o salário médio por hora subiu 0,7% em janeiro e 5,7% em relação ao ano anterior, alimentando ainda mais as preocupações sobre a persistência da inflação. A carga horária semanal caiu.

O aumento salarial mais rápido que o esperado pode alimentar as preocupações do mercado sobre o Fed adotar uma postura ainda mais agressiva com relação à inflação este ano.

No geral, 3,6 milhões de americanos empregados não estavam trabalhando por licença médica em janeiro, mais que o dobro registrado em dezembro.

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Os ganhos de emprego foram amplos, liderados por um avanço de 151 mil no setor de lazer e hospitalidade. Os setores de transporte e armazenamento, varejo e serviços profissionais e empresariais também registraram aumentos sólidos.

O sólido crescimento do emprego em várias categorias pode refletir que as empresas estejam optando por reter mais trabalhadores sazonais que o normal devido ao mercado de trabalho apertado.

--Com a colaboração de Olivia Rockeman, Kristy Scheuble, Sydney Maki, Sophie Caronello e Raeedah Wahid.

--Esta notícia foi traduzida por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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