Ibovespa fecha estável em dia de queda em Wall Street

Em dia de maior aversão ao risco no exterior, companhias mais sensíveis à taxa de juros se destacaram na Bolsa brasileira

Monitor bursátil
03 de Fevereiro, 2022 | 06:48 PM
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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV), principal índice de renda variável da Bolsa brasileira, encerrou a sessão desta quinta-feira (4) próximo da estabilidade, em leve queda de 0,18%, aos 111.695 pontos.

O dia foi de maior aversão ao risco, com os investidores repercutindo dados de empresas de tecnologia nos Estados Unidos que vieram abaixo do esperado, caso de Meta (FB), dona do Facebook, e Spotify (SPOT).

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na véspera também ficou no radar dos investidores, após uma sinalização por parte do Banco Central de redução do aperto monetário no Brasil. Ontem, a autoridade monetária elevou a taxa básica de juros, a Selic, a 10,75%, no maior patamar desde maio de 2017.

Entre as maiores altas, as ações de Ultrapar (UGPA3) encerram o pregão com ganhos de 3,2%. Americanas (AMER3) e Yduqs (YDUQ3), mais sensíveis à taxa de juros, também se destacaram, avançando 2,5% e 2,2%, respectivamente.

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Já as maiores perdas vieram de Locaweb (LWSA3), com baixa de 7,5%, e Banco Inter (BIDI11), que caiu 6,7%.

No mercado de juros futuros, os contratos com vencimentos mais curtos recuaram em meio ao Copom, enquanto os longos avançaram, com o mercado de olho na PEC dos combustíveis.

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  • O contrato futuro com vencimento em janeiro de 2023 fechou a 11,89%, -0,23 bp; o DI para janeiro de 2025, a 10,86%, -11 bp, enquanto o DI com vencimento em janeiro de 2027 fechou estável, a 10,95%;
  • No câmbio, o dólar fechou em alta pelo segundo dia consecutivo, avançando 0,42%, a R$ 5,296;

Nos EUA, as bolsas encerraram o pregão desta quinta em forte baixa. O índice Dow Jones teve baixa de 1,46%, aos 35.110 pontos, o S&P 500 de 2,44%, aos 4.447 pontos, enquanto o da Nasdaq recuou 3,74%, fechando a 13.878 pontos.

As atenções recaíram sobre os papéis da Meta, que afundaram 26,4% em Nova York. Ontem, a companhia decepcionou os analistas ao reportar dados abaixo do esperado no quarto trimestre, com previsões de receita também aquém do previsto.

Entre os indicadores divulgados nesta quinta, destaque para os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA, que vieram em queda pela segunda semana. Segundo dados do Departamento do Trabalho, os pedidos caíram para 238 mil na semana encerrada em 29 de janeiro.

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.