Bloomberg — A fortuna de Mark Zuckerberg afundou US$ 31 bilhões, uma das maiores quedas de patrimônio em um único dia, depois que os resultados do quarto trimestre da Meta (FB), dona do Facebook, ficarem aquém das expectativas dos analistas.
A Meta está no meio de um colapso histórico de ações depois que seu balanço na quarta-feira (2) não mostrou o crescimento esperado nos usuários mensais do Facebook no último trimestre em relação ao período anterior, levantando preocupações sobre o crescimento futuro da empresa.
Às 12h do horário de Nova York (14h de Brasília), as ações caíam 25%.
O declínio acentuado da Meta deixa Zuckerberg, CEO da empresa, com um patrimônio líquido de cerca de US$ 92 bilhões, abaixo dos US$ 120,6 bilhões no fechamento do mercado na quarta-feira, segundo o Bloomberg Billionaires Index.
O montante é o suficiente para empurrar o homem de 37 anos para fora da lista das 10 pessoas mais ricas do mundo pela primeira vez desde julho de 2015.
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Uma perda de patrimônio de US$ 31 bilhões em um dia seria a segunda maior já causada por um declínio no preço das ações, rivalizado apenas pelas fortes oscilações na fortuna de Elon Musk.
A pessoa mais rica do mundo perdeu US$ 35 bilhões em um dia em novembro, com as ações da Tesla (TSLA) caindo após uma pesquisa no Twitter na qual Musk perguntou aos eleitores se ele deveria vender 10% de sua participação na empresa. Seu patrimônio líquido também caiu US$ 25,8 bilhões na semana passada.
Os cofundadores da Meta também estão enfrentando declínios sem precedentes em suas fortunas pessoais. Dustin Moskovitz, a 79ª pessoa mais rica do mundo, com patrimônio líquido de US$ 21,2 bilhões na quarta-feira, perdeu cerca de US$ 3 bilhões, enquanto Eduardo Saverin, com US$ 17,5 bilhões, caiu mais de US$ 4 bilhões.
A fortuna pessoal de US$ 2,5 bilhões de Sheryl Sandberg, diretora de operações da Meta, caiu mais de US$ 100 milhões, segundo dados compilados pela Bloomberg. Comparado com Zuckerberg, no entanto, a riqueza de Sandberg está menos concentrada nas ações da empresa, suavizando o golpe.
Para a Meta, os resultados decepcionantes aumentam seus desafios. A empresa está no meio de uma série de brigas regulatórias e também tem buscado justificar sua mudança estratégica para apostar em uma internet imersiva conhecida como metaverso. Enquanto isso, outras plataformas como TikTok e YouTube estão ganhando terreno com usuários mais jovens.
-- Com colaboração de Jack Witzig
(atualizado às 14h com cotações mais recentes)
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