‘Hey, Jude!’: Memórias dos Beatles serão transformadas em NFTs

Parte da receita obtida com os tokens será doada para compensar a pegada de carbono, segundo Julian Lennon

Estatua en honor a The Beatles en Liverpool, Inglaterra.
01 de Fevereiro, 2022 | 04:37 PM

Bloomberg Línea — Recordações da lendária banda britânica The Beatles, como notas originais que o compositor Paul McCartney escreveu para o hit Hey, Jude, de 1968, serão leiloadas como tokens não fungíveis, os famigerados NFTs.

Julian, filho de John Lennon, é quem abre o baú de memórias de onde saem outros itens, todos de sua coleção particular, que serão leiloados em 7 de fevereiro no primeiro leilão de uma série a acontecer no meses seguintes.

PUBLICIDADE

‘Hey, Jude’, originalmente intitulada ‘Hey, Jules’, foi escrita por McCartney como uma demonstração de apoio a Julian Lennon após a separação de seus pais.

As notas para o leilão mostram McCartney estruturando a música em quatro seções distintas, começando com “voz e piano”, seguidas por “guitarras” e terminando com um slow fade.

Eu coleciono esses itens pessoais há cerca de 30 anos e estava um pouco cansado de vê-los trancafiados para não serem danificados”, disse Julian Lennon à revista Variety. “Fizemos algumas exposições dos itens na Europa, e minha intenção era levar a coleção para uma turnê, e ainda espero fazê-lo em algum momento, mas obviamente os últimos anos não ajudaram”.

PUBLICIDADE

É com a coleção Lennon Connection: The NFT Collection que a Julien’s Auctions – casa de leilões de arte, entretenimento e esportes – se aventura na criptografia através do YellowHeart NFT, que em março contou com o lançamento de um álbum da banda Kings of Leon como NFT, o primeiro para uma banda de rock.

A coleção também inclui a capa que John Lennon usou no filme dos Beatles ‘Help!’ – um casaco afegão que ele usou no set do clipe de ‘Magical Mystery Tour’ e três guitarras Gibson de Julian que foram presentes de seu pai.

Cada item será entregue como um colecionável audiovisual com uma narração pessoal de Julian, que continuará possuindo sua contraparte física. “O vencedor do item compartilhará a exclusividade da história de Lennon como o único proprietário do NFT”, diz o site Julien’s Auctions.

PUBLICIDADE

Atualmente, as letras de McCartney possuem um lance de US$ 50 mil, o casaco tem lance de US$ 12,5 mil e uma das guitarras recebeu US$ 9 mil.

A disponibilidade de NFTs relacionados aos Beatles, uma das bandas de rock mais emblemáticas de todos os tempos, pode gerar uma atenção renovada para o uso de tecnologia para a venda de itens relacionada à música, segundo o site especializado em bitcoin Coindesk.

Combate à pegada de carbono

Uma parte dos lucros do leilão será doada à White Feather Foundation de Lennon, que usará os lucros para contribuir com a remoção de carbono por meio do mercado de Nori, plataforma que facilita o financiamento da remoção de carbono.

PUBLICIDADE

Cada tonelada de carbono removido pela Nori representa uma tonelada do gás que é retirado da atmosfera para ser armazenado em reservatório terrestre, subterrâneo, industrial ou aquático por um período mínimo de 10 anos.

Atualmente, a Nori trabalha com agricultores nos Estados Unidos para adaptar as práticas regenerativas que aumentam essa prática. Assim que as compras de remoção de carbono tenham sido realizadas, a White Feather divulgará o certificado de remoção de carbono que trará informações sobre a transação.

Uma das prioridades do mercado YellowHeart é desenvolver um sistema sustentável de cunhagem de NFTs operando com a criptomoeda ethereum na blockchain de segunda camada, que usa um “comprovante de participação” e permite emitir quase 8,5 mil vezes menos carbono por transação do que outras plataformas de cunhagem de blockchain, de acordo com Josh Katz, CEO e fundador da plataforma.

“Através desta coleção de NFTs, posso conceder acesso exclusivo a itens especiais que considero caros e continuar o legado de meu pai de uma nova maneira”, disse Julian Lennon.

--Esta notícia foi traduzida por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

Leia também

Imelda Vera

Comunicóloga y periodista mexicana con perspectiva de género. Fue Coeditora Web y Editora de portada en El Financiero. Conductora del serial sobre género 'La Tía Violeta'. Antes, cruzó las puertas de La Jornada. Autora del artículo: Periodismo digital como paradigma del consumo noticioso en México (X Congreso Ulepicc, Quito).