Os empreendedores Felipe Szpigel e Felipe Della Negra se conheceram quando trabalharam por quase dez anos juntos na Ambev. Della Negra também passou oito anos na Red Bull e Szpigel deixou a Ambev em 2018 para fundar a F!VE Drinks.
A vontade de empreender juntos fez com que os Felipes virassem sócios e agregassem novas marcas de bebidas modernas que atuavam de forma independente no mercado: os drinks alcoólicos da F!VE, as cervejas da Praya, os vinhos em lata da Vivant, águas da Mamba e a alternativa aos refrigerantes com mate, gás e cafeína natural da Baer-Mate. As cinco marcas viraram a Better Drinks, que nasceu com um capital anjo de R$ 25 milhões dos fundadores da Zee.Dog Thadeu, Felipe Diz e Rodrigo Monteiro e outros investidores.
Em 2018, Szpigel foi responsável por criar uma nova unidade de produtos de cerveja artesanais e produtos não alcoólicos da Ambev em Nova York. Foi quando percebeu que gostaria de trazer bebidas diferentes para o consumidor com responsabilidade social e sustentável.
Hoje, mais de 30% das vendas das marcas da Better Drinks são online, por marketplaces. Com a junção das marcas, a meta é ter até metade dessas vendas feitas de forma digital. “Nosso objetivo é a experiência do consumidor”, diz Szpigel.
Agora, a Better Drinks seguirá na rota do capital de risco. Dominado por gigantes como a Ambev e a Coca-Cola, marcas “do hype” e independentes que surgem no mercado de bebidas no Brasil como o suco DoBem, criado por Marcos Leta, fundador da Fazenda Futuro, acabam sendo compradas pelas grandes.
Mas segundo os sócios, a ideia da Better Drinks é criar “uma terceira via” com uma empresa focada no consumidor, solucionando o problema dessas marcas que, sozinhas, não tinham escala suficiente no varejo para atrair os melhores talentos e chamar atenção dos fornecedores.
Juntando as marcas, a Better Drinks teve um faturamento de R$ 50 milhões em 2021 e tem 5.000 pontos de venda físicos pelo País, com grandes supermercados como parceiros, como Zona Sul, Pão de Açúcar, BIG, Angeloni, entre outros. “A gente não está necessariamente com todas as marcas em todos esses pontos de venda. Então agora a gente está fazendo exatamente isso, expandindo o portfólio para garantir essa presença”, disse Szpigel.
O grupo tem a meta de atingir faturamento de R$ 1 bilhão em 5 anos.