Bloomberg — O discurso recente do ex-presidente Lula em favor de uma aliança com o centro é um dos fatores que motivam a entrada de recursos estrangeiros para o mercado brasileiro neste começo de ano, diz Carlos Menezes, gestor de portfólio da Gauss Capital.
“Lula vindo com um discurso mais centrista de certa forma reduz o risco de cauda de radicalismo caso ele vença a eleição´´, disse o gestor.
Menezes disse que ainda é cedo para comprar a tese de um governo Lula não-radical, mas o estrangeiro tem “abraçado muito´´ esta tese, o que explica estar mais otimista do que o investidor local.
Mesmo com a sinalização de alta dos juros do Fed, o dólar cai nesta quinta-feira ao menor nível desde outubro contra o real, que tem o 3º melhor desempenho no ano entre 24 moedas emergentes acompanhadas pela Bloomberg. No mesmo período, o Ibovespa já subiu 11% em dólar e está entre os índices globais de ações com maiores ganhos neste ano.
Segundo Menezes, os estrangeiros estão vendo o Brasil como uma opção barata para apostas em mercados emergentes.
Lula, que lidera todas as pesquisas para presidente, disse nesta quarta-feira que confia em Geraldo Alckmin, cotado para ser seu vice, e que aliança será boa para o Brasil, segundo entrevista à Rádio CBN. Petista disse ainda que não vê problema em conversar com centrão.
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