Madero: IPO segue nos planos, mas sem previsão de novo pedido à CVM

Rede de restaurantes confirma cancelamento de pedido de oferta inicial de ações

Madero, que recebeu aportes no ano passado para sobreviver, ainda cogita abrir capital na B3, apesar de pedido de cancelamento pela CVM neste mês
26 de Janeiro, 2022 | 12:19 PM

São Paulo — A rede de hamburgueria Madero informou, nesta quarta-feira (26), que a realização de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) segue nos seus planos, mas evitou arriscar uma data para reencaminhar o pedido de registro da operação à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

O comunicado da companhia confirmou que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) cancelou, na última segunda-feira (24), o pedido de registro da oferta pública protocolado no ano passado, em razão do fim do prazo de interrupção de análise do atual processo de registro de seu IPO.

Veja mais: Madero já emitiu ações para receber aporte de R$ 300 milhões

Em janeiro, a CVM já contabiliza 12 desistências de IPOs: além da rede de restaurantes sediada no Paraná, integram essa listsa as companhias ISH Tech, Cantu Store, Coty, Fulwood, Cencosud, Claranet, Vero, Monte Rodovias, Ammo Varejo, Dori Alimentos e Environmental ESG.

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A companhia do empresário e chef Junior Durski tinha encaminhado o pedido de registro de IPO em agosto do ano passado, tendo o banco BTG Pactual como principal coordenador da oferta. O contexto da intenção de abrir capital era o efeito nocivo da pandemia da covid ao setor, que provocou fechamentos de restaurantes.

Além das unidades da marca Madero, o grupo também possui Jeronimo Burguer e Restaurante Durski. A rede está em operação desde 2005. Em novembro, o grupo Madero recebeu um aporte de R$ 300 milhões do Carlyle, um dos seus principais acionistas desde 2017, para fazer frente a compromissos com credores e fornecedores.

Até setembro de 2021, as dívidas de curto prazo com bancos totalizavam R$ 667 milhões. Os bancos têm outros R$ 350 milhões a receber com vencimento superior a 12 meses. Além de empréstimos e financiamentos, as despesas com fornecedores, obrigações sociais e tributárias vencidas ou com vencimento em 12 meses somavam R$ 1,023 bilhão.

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Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 29 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.