São Paulo — A rede de hamburgueria Madero informou, nesta quarta-feira (26), que a realização de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) segue nos seus planos, mas evitou arriscar uma data para reencaminhar o pedido de registro da operação à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
O comunicado da companhia confirmou que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) cancelou, na última segunda-feira (24), o pedido de registro da oferta pública protocolado no ano passado, em razão do fim do prazo de interrupção de análise do atual processo de registro de seu IPO.
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Em janeiro, a CVM já contabiliza 12 desistências de IPOs: além da rede de restaurantes sediada no Paraná, integram essa listsa as companhias ISH Tech, Cantu Store, Coty, Fulwood, Cencosud, Claranet, Vero, Monte Rodovias, Ammo Varejo, Dori Alimentos e Environmental ESG.
A companhia do empresário e chef Junior Durski tinha encaminhado o pedido de registro de IPO em agosto do ano passado, tendo o banco BTG Pactual como principal coordenador da oferta. O contexto da intenção de abrir capital era o efeito nocivo da pandemia da covid ao setor, que provocou fechamentos de restaurantes.
Além das unidades da marca Madero, o grupo também possui Jeronimo Burguer e Restaurante Durski. A rede está em operação desde 2005. Em novembro, o grupo Madero recebeu um aporte de R$ 300 milhões do Carlyle, um dos seus principais acionistas desde 2017, para fazer frente a compromissos com credores e fornecedores.
Até setembro de 2021, as dívidas de curto prazo com bancos totalizavam R$ 667 milhões. Os bancos têm outros R$ 350 milhões a receber com vencimento superior a 12 meses. Além de empréstimos e financiamentos, as despesas com fornecedores, obrigações sociais e tributárias vencidas ou com vencimento em 12 meses somavam R$ 1,023 bilhão.
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