Bloomberg Línea — Em um relatório divulgado nesta quarta-feira (26), o Goldman Sachs reajustou o preço-alvo da ação da Vale (VALE3), de 15 para 17 dólares por ação, e afirma que a gigante brasileira de mineração poderá pagar um dividend yield de até 27% em 2022.
A mudança ocorreu depois da atualização das previsões do preço internacional do minério de ferro feita pelo banco de investimentos. Segundo o relatório, o Goldman Sachs projeta que a tonelada alcance US$ 125 em 2022 contra US$ 100 da estimativa anterior.
Conforme o banco, “a commodity continua altamente conectada à política [de desenvolvimento] chinesa, com o fim dos amplos cortes na produção de aço, combinada com outra rodada de estímulos”.
O crescimento da demanda chinesa por minério de ferro alterou as perspectivas dos players internacionais deste setor, na visão do banco. No caso da Vale, o Goldman projeta um Ebtida de 18% em 2022 e pôs em US$ 17 o preço-alvo da ação (alta de 13%).
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“Agora esperamos que a Vale entregue um retorno de caixa total de 27% em 2022 (política de dividendos básicos mais dividendos extraordinários para manter a dívida líquida em US$ 15 bilhões) e 15% em 2023. Embora o crescimento da produção e o custo tenham sido decepcionantes, a Vale gera retornos muito atraentes entre os players de minério de ferro”, diz trecho do relatório.
A análise faz uma ressalva: embora os investidores tenham se tornado mais “construtivo” em relação às perspectivas da Vale com sinais mais claros de potencial alta de demanda de commodities pela China, ainda persiste a “preocupação com um declínio estrutural no setor imobiliário no país (o principal consumidor de aço e minério de ferro na Ásia) e o consequente impacto na demanda de minério de ferro.”
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