Bloomberg — A Latam “rejeitou totalmente” a oferta da Azul de comprar a operadora que está em processo de recuperação judicial, embora a venda seja um negócio melhor para os credores, segundo argumenta a Azul em novos documentos judiciais.
A Azul há meses vem manifestando interesse em uma parceria com a chilena Latam, mas a companhia aérea em recuperação se recusou a se envolver seriamente em negociações, disseram advogados da Azul em documentos judiciais. A Azul disse que seu acordo delineado em um documento de 11 de novembro avalia a Latam em US$ 13 bilhões e forneceria mais aos credores do que a atual proposta, que está prestes a buscar a aprovação do tribunal.
A Latam disse que a oferta da Azul carecia de detalhes críticos, como a maneira que o negócio seria executado, quanto tempo levaria e se poderia ser aprovado pelos reguladores, bem como o suporte necessário dos credores. O plano de reestruturação da Latam é apoiado por um grupo-chave de credores, incluindo a SVPGlobal, Sculptor Capital Management e Sixth Street Partners, e seus maiores acionistas.
Saída estratégica
A Latam se aproxima de um momento crítico em seu esforço para sair do processo de recuperação, que começou com o pedido de proteção contra credores por meio do capítulo 11 da Lei de Falências em maio de 2020, quando as restrições à mobilidade impostas pelo Covid-19 impediram as viagens internacionais. Na quinta-feira, a empresa buscará a permissão de um juiz de falências para começar a recolher votos de credores em seu plano de reestruturação. Seu comitê oficial de credores se opõe a esse passo, alegando que o plano viola a Lei de Falências dos EUA.
Um representante da Latam se recusou a comentar esta história.
O caso pode ser encontrado por LATAM Airlines Group SA et al., 20-11254, no Tribunal de Falências dos EUA para o Distrito Sul de Nova York (Manhattan).
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