Apple se torna líder de vendas na China pela primeira vez em seis anos

Vendas da empresa aumentaram 32% mesmo com demanda reprimida no país; criadora do iPhone superou a gigante Huawei

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A Apple (AAPL) foi a marca de smartphones mais vendida na China durante o último trimestre de 2021, segundo um estudo do setor, agarrando o primeiro lugar no maior mercado de celulares do mundo pela primeira vez desde 2015.

O recém-lançado iPhone 13 ajudou a Apple a superar as rivais chinesas Vivo e Oppo depois que a Huawei despencou no ranking, de acordo com um relatório da Counterpoint Research publicado na quarta-feira (26). As vendas da Apple no país aumentaram 32%, mesmo com o mercado doméstico mais amplo encolhendo 9% devido à escassez de chips e a uma desaceleração econômica que limitou a produção e a demanda dos consumidores.

O feito marca uma mudança na dinâmica do mercado depois que as restrições dos Estados Unidos às exportações de tecnologia atingiram o negócio de smartphones da Huawei, que outrora fora líder mundial. Em 2020, a gigante chinesa foi obrigada a desmembrar o ramo de celulares Honor, que ocupou o quinto lugar no trimestre, atrás da Xiaomi. A participação da Apple no mercado chinês atingiu um recorde de 23% nos últimos três meses de 2021, segundo estimativas da Counterpoint.

O desempenho magnífico da Apple foi impulsionado por uma combinação de sua estratégia de preços e a conquista da base de clientes premium da Huawei”, disse a analista de pesquisa Mengmeng Zhang no relatório, que estima vendas de telefones para usuários finais em vez de remessas.

Em nível global, a demanda por smartphones pode continuar reprimida à medida que as pressões inflacionárias, a desaceleração econômica e um ciclo de substituição mais lento causem a redução das vendas, enquanto a escassez persistente de chips reduz a produção. Segundo relatórios, a Apple teria dito a seus fornecedores de componentes que a demanda pelo iPhone 13 enfraqueceu, indicando que alguns consumidores decidiram não tentar comprar o aparelho, que já é bem difícil de encontrar.

--Esta notícia foi traduzida por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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