Bloomberg — O Credit Suisse disse que registrará mais acusações por questões legais no quarto trimestre e alertou para saídas em seus principais negócios de patrimônio ao encerrar um ano marcado por escândalos e turbulências na administração.
O credor separará 500 milhões de francos (US$ 546 milhões) para litígios decorrentes principalmente de seus negócios de banco de investimento, que registrarão prejuízo no período, disse o segundo maior banco da Suíça em comunicado na terça-feira (25). O principal negócio de patrimônio registrou saídas líquidas à medida que a atividade dos clientes desacelerou globalmente e na Ásia.
Os problemas de desempenho e encargos adicionais limitam um ano que viu o banco cambalear com o colapso da Archegos Capital Management e da Greensill Capital. Uma reinicialização sob o comando do banqueiro Antonio Horta-Osorio foi colocada em dúvida depois que ele foi destituído do cargo de presidente após nove meses por ter violado as regras de quarentena.
O Credit Suisse já havia alertado em novembro que registraria um prejuízo líquido devido a uma perda de 1,6 bilhão de francos ligado à reestruturação. As novas cobranças pesarão ainda mais nos resultados, embora o banco tenha dito que espera atingir o equilíbrio antes dos impostos no quarto trimestre.
As novas disposições vêm de uma “série de casos em que o Grupo buscou acordos de forma mais proativa”, disse o Credit Suisse na terça-feira, sem dar detalhes sobre quais litígios são cobertos pela acusação.
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