Bloomberg — O Bitcoin (BTC) está se movendo em conjunto com o mercado de ações como nunca antes, ambos em queda, mas essa ligação ainda pode trazer algum alívio para a maior criptomoeda se as ações se recuperarem.
O coeficiente de correlação de 40 dias para o token digital e o Nasdaq 100, de alta tecnologia, atingiu quase 0,66, o máximo em dados compilados pela Bloomberg desde 2010. Uma correlação semelhante com o S&P 500 também é recorde.
Estrategistas, incluindo Ed Yardeni, presidente da Yardeni Research, estão avaliando a ideia de que o sentimento das ações deve voltar, preparando o cenário para uma recuperação das ações após as recentes quedas. Tal renascimento poderia reforçar o Bitcoin e outros tokens, pelo menos por um tempo.
“As ações devem se recuperar nos próximos meses à medida que os mercados de títulos se estabilizam e os lucros corporativos continuam a se expandir graças a uma economia global ressurgente”, escreveu Peter Berezin, estrategista-chefe global da BCA Research, em nota. “Isso pode dar um impulso temporário às criptomoedas.”
As criptomoedas derraparam na perspectiva de uma redução no estímulo do Federal Reserve que impulsionou os ativos especulativos durante a pandemia. Mais de US$ 1 trilhão foi apagado das moedas digitais desde a alta de novembro. O Bitcoin voltou a cair na segunda-feira, recuando 2,5%, para US$ 34.614 na madrugada.
Chris Weston, chefe de pesquisa da Pepperstone Financial, disse que o setor está “grosseiramente vendido, mas o momento é negativo e é provável que as altas sejam vendidas”.
Berezin, do BCA, está cético em relação ao Bitcoin em geral, mesmo vendo a possibilidade de um aumento de curto prazo caso as ações se recuperem. Sua meta de longo prazo é de apenas US$ 5.000. Os investidores que buscam proteger o risco devem considerar comprar Cardano, Solana e Polkadot versus Bitcoin, Litecoin e Dogecoin, disse ele.
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