Rússia contra-ataca após Reino Unido alegar conspiração anti-Kyiv

Ministério das Relações Exteriores britânico alegou que Moscou planeja instalar na Ucrânia um líder que tenham ligações com o governo russo

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Bloomberg — A Rússia reagiu no domingo depois que o Reino Unido alegou que Moscou está planejando instalar um líder pró-Rússia em Kiev, com o Ocidente continuando a alertar que Moscou ainda pode invadir a Ucrânia. As afirmações, oferecidas sem uma linha do tempo sobre a inteligência, estavam contidas em uma declaração do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, no sábado (22).

A alegação do Reino Unido é uma “evidência” de que os países da Otan, não a Rússia, “estão aumentando as tensões em torno da Ucrânia”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado divulgado neste domingo. A declaração exigia que o Ministério das Relações Exteriores britânico “pare de espalhar bobagens”.

O Reino Unido disse no ontem (22) que Yevhen Murayev, ex-membro do parlamento ucraniano, era um potencial candidato a ser instalado pela Rússia. O Ministério das Relações Exteriores disse ter informações de que os serviços de inteligência russos mantêm ligações com “numerosos” ex-políticos ucranianos. Mencionou quatro pelo nome que já estão sujeitos a sanções ocidentais. Acredita-se que os homens, que deixaram a Ucrânia em 2014, residam na Rússia.

As afirmações precedem uma tentativa do Reino Unido de aumentar a pressão sobre a Rússia, com os secretários de Defesa e de Relações Exteriores programados para viajar para a Europa para negociações. O primeiro-ministro Boris Johnson agendará ligações com líderes do Grupo dos Sete nesta semana para finalizar sanções adicionais aos apoiadores do presidente Vladimir Putin, segundo autoridades.

Em Washington, uma porta-voz do Conselho de Segurança Nacional chamou a suposta conspiração de “profundamente preocupante”. O presidente Joe Biden se reuniu com sua equipe de segurança nacional no sábado para discutir a contínua agressão russa à Ucrânia. Ele foi informado sobre a escalada militar da Rússia ao longo da fronteira ucraniana e discutiu o leque de opções para os Estados Unidos e seus aliados, disse um funcionário da Casa Branca.

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