Quer empreender em 2022? Confira algumas ideias de negócios para o ano

A pandemia mudou os negócios; em 2022, as oportunidades vão se concentrar em tendências que se fortaleceram durante a crise

Áreas impulsionadas pela pandemia, como trabalho remoto e delivery de comida, devem seguir em alta
22 de Janeiro, 2022 | 03:01 PM

Bloomberg Línea — Após um ano em que a digitalização acelerou aos trancos e barrancos em meio à nova realidade imposta pela pandemia, os empreendedores encontraram oportunidades para criar ideias de negócios e resolver problemas com inovação. Quais serão as tendências de 2022?

A Bloomberg Línea consultou alguns dos especialistas de startups para saber quais serão as áreas mais atrativas para o empreendedorismo neste próximo ano.

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O diretor-gerente da aceleradora de startups holandesa Rockstart, Felipe Santamaría, acredita que em 2022 há oportunidades nos negócios B2B focados na digitalização de serviços corporativos ou básicos.

Ele adiantou que em 2022 vai investir em empresas com a promessa de acompanhá-las ao longo do seu ciclo empresarial “Antes investíamos apenas na fase de aceleração, agora continuaremos investindo em outras rodadas de investimentos”, disse à Bloomberg Línea.

Por sua vez, a CEO da Endeavor Colombia, Camila Salamanca, disse que em 2022 há oportunidades para empreender na área de tecnologia da saúde, já que “há poucas empresas explorando esse setor e com o impacto da pandemia houve definitivamente um dinamismo na área da saúde”.

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“Também estamos muito interessados em questões ambientais e de sustentabilidade, que também não são muito comuns entre as startups. A Colômbia tem uma localização privilegiada nesse aspecto e também um potencial em questões de energia renovável que pode ser aproveitado a partir do empreendimento para potencializar o país”, disse.

Da mesma forma, o executivo comentou que, no âmbito do desenvolvimento de sua estratégia, planeja selecionar seis novas empresas Endeavor em 2022, que se juntarão a uma rede de 101 empreendedores que lideram 54 empresas.

Enquanto isso, o CEO da Ruta N, Iván Castaño, afirmou que os próximos 3 anos marcarão uma era de oportunidades com base no que causou a pandemia, como distanciamento, biossegurança, diversificação de modelos de negócios com produtos e serviços digitais, implementação de novos canais de comunicação, educação, bem-estar emocional e físico, cuidado com o meio ambiente e trabalho remoto.

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“Todas essas questões deram ideias aos negócios e empreendimentos sobre como repensar e se atualizar, incorporando novos processos, como migrar para canais digitais e incorporar desenvolvimentos tecnológicos em seu trabalho”, disse à Bloomberg Línea.

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Especialistas em startups cantam a bola para as áreas mais atrativas para o empreendedorismo neste ano

Levando em consideração este panorama, Iván acrescentou que existem duas abordagens fundamentais para empreender em 2022 nas quais a Ruta N trabalha. A primeira inclui todos os empreendimentos que envolvem desenvolvimentos associados à quarta revolução industrial, ou seja, ajudar e acompanhar negócios que incorporem ou trabalhem em inteligência artificial, internet das coisas, robótica, blockchain, cibersegurança, big data, realidade aumentada, entre outros.

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A segunda é “buscar gerar as capacidades para aproveitar as chamadas macrotendências, como alimentação saudável, desenvolvimento sustentável, economia circular, trabalho remoto, articulação do campo com a cidade, entre muitas outras”.

Castaño declarou que não se deve ignorar os empreendimentos que se desenvolvem em torno das Key Enabling Technologies, ou KET, que são todas as tecnologias facilitadoras avançadas, como micro e nanotecnologia, biotecnologia e materiais avançados.

Outra área que está gerando grande interesse entre os investidores é a proptech, empresas que resolvem os desafios do setor imobiliário com base em tecnologia, como a QuintoAndar.

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Com a recuperação econômica, o mercado doméstico no país continua sólido, por isso também se espera que as empresas do ramo de ghost kitchen – aquelas que produzem especificamente para delivery – ganhem força, ao passo que microfranquias e lojas virtuais ficam populares como opções de empreendimento para muitas pessoas.

“Depois de uma época que trouxe grandes mudanças, a aposta deve ser no digital, todas as ideias têm que ser apoiadas pela tecnologia, pois o comércio eletrônico tem um papel fundamental na dinamização da economia do país”, disse a aceleradora de negócios Cube Ventures.

Este ano a entidade abriu editais de convocação para o seu programa de aceleração “para empreendedores que não precisam necessariamente ter uma empresa estabelecida ou estar faturando, mas devem demonstrar que sua ideia tem potencial de crescimento exponencial”.

Segundo a Cube, o programa inclui prática de pitch, workshops em grupo, palestras com personalidades do setor, acompanhamento semanal de um codiretor para avaliar o andamento dos projetos, networking com mais de 140 fundos de investimento, family offices e investidores-anjo, e ainda até US$ 140 mil em serviços com aliados.

--Esta notícia foi traduzida por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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Daniel Salazar

Profissional de comunicação e jornalista com ênfase em economia e finanças. Participou do programa de jornalismo econômico da agência Efe, da Universidad Externado, do Banco Santander e da Universia. Ex-editor de negócios da Revista Dinero e da Mesa América da Efe.