Bloomberg Línea — Em agosto do ano passado, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, aceitou o convite do governador João Doria para assumir a secretaria estadual de Projetos e Ações Estratégicas, criada exatamente para receber o parlamentar. Até agora, a missão de Maia era dar agilidade aos projetos de privatização em curso, firmar parcerias público-privadas e promover leilões de concessão de serviços públicos a empresas privadas.
Cinco meses depois, Maia tem agora uma nova missão. Ele aceitou um convite do governador paulista para ser o coordenador do programa de governo do candidato do PSDB à Presidência da República. Já nas atribuições de sua nova função, Maia já definiu que o programa terá três eixos principais: o refortalecimento da democracia; o compromisso do país com o meio ambiente e a adoção de um novo regime fiscal.
Nesse período, Mais já atacou Bolsonaro, falou da crise hídrica e tentou avançar com o processo de privatização da Sabesp. No caso da empresa paulista de saneamento, uma fala logo após ter sido empossado fez com que as ações da Sabesp alcançassem o valor mais alto em 30 dias. Na época, Maia disse que ao fim de sua gestão ele deixaria a concessão da estatal “organizada”.
Veja mais: “Bolsonaro trabalha pouco, não sei como ele consegue administrar o Brasil”
“A experiência de Rodrigo Maia, seu brilhante desempenho como secretário de Ações Estratégicas e seu traquejo político além do amplo conhecimento das necessidades do povo brasileiro são fundamentais para fortalecer nosso projeto”, disse o governador.
Em sua conta no Twitter, o deputado licenciado disse que é preciso construir soluções baseadas em dados concretos e que possam ser viabilizadas e não em projetos populistas. “Agradeço a João Doria pelo convite. Os políticos precisam compreender que é muito importante que participemos da construção dos programas dos nossos candidatos. É preciso compreender a realidade de cada área e construir soluções baseadas em dados concretos, em programas que possam de fato ser viabilizados, e não em projetos populistas”, ressalta Maia.
Leia também
Aceno de Lula a BC independente destoa de discurso tradicional do PT
