Dose de reforço é eficaz contra delta e ômicron, dizem estudos

Proteção das doses contra mortes por covid foi diminuída após o aumento da ômicron, mas permaneceu significativa, segundo estudo nos EUA

Os reforços reduziram o risco de hospitalização em 94% na era delta e em 90% após o aumento da ômicron
Por Fiona Rutherford
21 de Janeiro, 2022 | 07:02 PM

Bloomberg — Doses de reforço de vacinas contra a covid-19 aumentaram a proteção contra as variantes delta e ômicron em três estudos que analisaram infecções, internações hospitalares e mortes em milhares de pacientes nos Estados Unidos.

Terceiras doses de vacinas de RNA mensageiro feitas pela Moderna e a parceria entre Pfizer e BioNTech foram pelo menos 90% eficazes na prevenção de hospitalizações durante os períodos de delta e ômicron, de acordo com uma análise de centenas de milhares de hospitalizações e consultas clínicas.

A proteção das doses contra mortes por covid foi diminuída após o aumento da ômicron, mas permaneceu significativa, de acordo com um estudo dos Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

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A urgência para vacinações e reforços tem sido sinalizada em meio a relatos de que a ômicron causa doenças mais leves do que variantes anteriores. No entanto, muitos hospitais permanecem sobrecarregados pelo grande número de pacientes infectados pela variante, tornando a prevenção uma parte fundamental da batalha contra o coronavírus.

As doses de reforço têm sido controversas, pois muitos países de baixa e média renda não conseguiram garantir nem mesmo as primeiras doses para suas populações.

Covax, o programa apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para distribuir doses com equidade em todo o mundo, atingiu recentemente o marco de entregar 1 bilhão de doses, enquanto somente nos EUA foram administradas mais de 500 milhões. A OMS não endossou o uso de reforços, exceto para populações vulneráveis, como doentes e idosos.

Cerca de 63% da população dos EUA está totalmente vacinada e apenas 24% receberam uma dose de reforço, de acordo com o dados rastreados pela Bloomberg. Isso se compara com 49% da população com dose de reforço na Alemanha e 55% no Reino Unido.

O estudo de hospitalização, publicado no Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade do CDC, analisou mais de 300.000 consultas para doenças semelhantes à covid em departamentos de emergência, clínicas de atendimento de urgência e hospitalizações em 10 estados entre agosto e janeiro. Os reforços reduziram o risco de hospitalização em 94% na era delta e em 90% após o aumento da ômicron.

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No outro estudo publicado pelo CDC, as pessoas não vacinadas tiveram um risco 53 vezes maior de morte por covid durante outubro e novembro em comparação com aquelas que foram vacinadas e reforçadas. O aumento do risco para os não vacinados caiu para 13 vezes durante a ascensão da ômicron, que tem demonstrado capacidade de driblar a proteção oferecida pelas vacinas.

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Os reforços foram ainda apoiados por um terceiro estudo que descobriu que as doses extras fornecem proteção significativa contra a covid sintomática causado por delta e ômicron. As pessoas que receberam uma terceira dose foram menos propensas a procurar atendimento para infecções sintomáticas do que aquelas que receberam apenas duas ou nenhuma, de acordo com o estudo publicado pelo jornal médico JAMA.

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