Bloomberg — Os futuros de ações dos EUA caíram e as ações asiáticas tiveram forte baixa na manhã desta sexta-feira após uma reversão no final do dia em Wall Street ter levado o Nasdaq 100 (NDX), referência de empresas de tecnologia, para o território de correção.
Os contratos de S&P 500 (SPX) e Nasdaq 100 recuaram, com esse último tendo um desempenho abaixo do esperado. O indicador de tecnologia apagou uma alta de quase 2% na quinta-feira antes de terminar no vermelho, enquanto o S&P 500 também cedeu os ganhos e está mais de 5% abaixo de seu pico de janeiro.
O índice Topix do Japão caiu, trazendo as perdas em relação ao pico de setembro para mais de 10%. Austrália e Coreia do Sul também negociam ações no vermelho.
Os temores ocorrem enquanto os investidores lidam com a perspectiva de uma política monetária mais rígida do Federal Reserve para conter a alta da inflação. Divulgações de resultados pessimistas do setor corporativo dos EUA contaminam as perspectivas. As ações da Netflix Inc. (NFLX) despencaram nas negociações após o expediente devido a um guidance decepcionante sobre assinantes. As ações da Peloton Interactive Inc. (PTON), que já foi queridinha dos investidores, tiveram forte baixa com um relatório de suspensão temporária de produção.
Enquanto isso, um relatório de que Washington está permitindo que alguns estados bálticos enviem armas fabricadas nos EUA para a Ucrânia despertou preocupações sobre um impasse com a Rússia. Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA caíram e o indicador de câmbio do dólar flutuou. O petróleo caiu em meio a um aumento surpreendente nos estoques dos EUA
Os nervos dos investidores continuam sendo testados à medida que o estímulo da era da pandemia, que sustentou os ativos de risco, recua. Os mercados enfrentam um golpe duplo de aumentos nas taxas do Fed e a possível redução de seu balanço de US$ 8,8 trilhões para combater as pressões nos preços.
“Muitas pessoas estão falando sobre inflação e esse tipo de coisa, mas seus portfólios realmente não refletem isso”, disse Richard Bernstein, diretor de investimentos da Richard Bernstein Advisors LLC, à Bloomberg Television. “Essa é a indecisão, a incerteza que você está vendo agora.”
Na China, a pressão regulatória contra as empresas de tecnologia está novamente em foco. A nação prometeu reduzir sua influência sobre os governos. Ainda assim, um indicador de ações chinesas negociadas nos EUA avançou, em meio a apostas de que a flexibilização da política monetária ajudará as ações do país.
Nos indicadores mais recentes dos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram na semana passada para o maior patamar em três meses, sugerindo que a variante ômicron pode estar tendo um impacto maior no mercado de trabalho.
Alguns dos principais movimentos nos mercados:
Ações
- Os futuros de S&P 500 (ESH2) recuavam 0,7% pouco depois das 10h20 em Tóquio (22h20 em Brasília). Na quinta, o S&P 500 (SPX) caiu 1,1%;
- Os futuros do Nasdaq 100 (NQH2) tinham baixa de 1,2%. Na quinta, o Nasdaq 100 (SDX) caiu 1,3%;
- O índice Topix (TOPIX), de Tóquio, caia 1,9%;
- O S&P/ASX 200 da Austrália (AS51) tinha baixa de 1,7%;
- Índice Kospi (KOSPI), de Seul, recuava 1,3%;
Moedas
- O Bloomberg Dollar Spot Index (DXY) recuava 0,1%;
- O euro (EUR) estava em US$ 1,1316;
- O iene japonês (JPY) estava em 113,89 por dólar;
- O yuan offshore (CNH) estava em 6,3486 por dólar;
Renda fixa
- O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos (GT10) recuava dois pontos-base para 1,78%;
- O rendimento dos títulos da Austrália de 10 anos caiam sete pontoa-base para 1,93%;
Commodities
- O petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) caia 2,2%, para US$ 83,61 o barril;
- O ouro (XAU) estava sendo negociado a US$ 1.838,54 a onça.
(atualizado às 22h25 com cotações mais recentes)
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