EUA: pedidos de seguro-desemprego atingem máxima de três meses

Números indicam que empregadores estão demitindo funcionários em meio a onda de casos da variante ômicron

Califórnia foi o estado que registrou o maior aumento de pedidos de seguro-desemprego
Por Raeedah Wahid
20 de Janeiro, 2022 | 11:45 AM

Bloomberg — Os pedidos de seguro-desemprego dos Estados Unidos aumentaram na semana passada e chegaram a uma máxima em três meses, sugerindo que a variante ômicron está afetando o mercado de trabalho.

Os pedidos iniciais de seguro-desemprego aumentaram em 55 mil, chegando a 286 mil na semana encerrada em 15 de janeiro, segundo dados do Departamento do Trabalho apresentados na quinta-feira (20). O número superou todas as estimativas de uma pesquisa da Bloomberg com economistas. O relatório reflete a semana de referência para os dados de emprego de janeiro com vencimento no início do próximo mês.

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É o número mais alto desde meados de outubro

Os pedidos contínuos de benefícios estaduais subiram para 1,64 milhão na semana encerrada em 8 de janeiro.

O aumento de pedidos pode indicar que empregadores demitiram funcionários durante o último surto de casos de covid. Mesmo assim, as consequências devem durar pouco, pois as empresas estão desesperadas para atrair e reter talentos em meio à escassez de mão de obra.

Os números de pedidos foram irregulares nas últimas semanas, refletindo os desafios do ajuste para efeitos sazonais durante o período de férias. O aumento de pedidos na semana passada foi o maior em seis meses.

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Na verdade, os pedidos caíram 83.418, chegando a 337.417 na semana passada em uma base não ajustada. Nova York, Missouri e Texas foram os estados com as maiores quedas nos pedidos. A Califórnia registrou o maior aumento de pedidos.

--Com a colaboração de Kristy Scheuble.

--Esta notícia foi traduzida por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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