As principais empresas da Alemanha promoveram mais mulheres para cargos nos conselhos no ano passado, o que sugere que as cotas estão ajudando a criar lideranças mais inclusivas.
A participação de mulheres nos conselhos das 200 maiores empresas do país subiu três pontos percentuais para quase 15%, de acordo com o instituto de pesquisa econômica DIW, com sede em Berlim, o aumento mais acentuado desde que a instituição começou a acompanhar o progresso, em 2006.
“As mulheres continuam consideravelmente sub-representadas em muitas grandes empresas, mas a tendência mais recente é notável”, disse Katharina Wrohlich, que lidera a equipe de pesquisa econômica focada em gênero do DIW.
A representação feminina nos conselhos de fiscalização aumentou a um ritmo mais lento, para pouco mais de 30%. Os dados foram coletados de 28 de novembro a 7 de dezembro.
Uma regra que exige representação de 30% de mulheres nos conselhos de fiscalização está em vigor na Alemanha desde 2016. A partir de agosto, os conselhos de administração de empresas listadas e empresas com mais de 2.000 funcionários em que os sindicatos têm assentos no conselho de supervisão, também estarão sujeitos às cotas de gênero: se tiverem mais de três lugares no conselho de administração, um terá de ser preenchido por uma mulher.
Essa regra afeta 66 empresas atualmente, de acordo com a DIW. Enquanto 19 ainda não têm executivas, 12 nomearam uma mulher desde a última avaliação do DIW em 2020.
Os dados mais recentes mostram empresas do DAX-30 liderando em relação a seus pares. As empresas afiliadas ao governo estão se saindo ainda melhor, embora o DIW alerte que o tamanho reduzido e a frequente relação entre cargos administrativos com cargos políticos compliquem comparações.
Apesar do progresso recente, a Alemanha está atrasada em relação a seus pares em promover mulheres. Em toda a União Europeia, um em cada cinco membros do conselho executivo é do sexo feminino, sendo que a Romênia lidera o ranking com 32%.
Em termos de conselhos de fiscalização, a Alemanha fica atrás de países como França, Itália e Bélgica, onde as mulheres representam mais de 40%.
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