Bolsas reagem com perdas ao salto dos yields americanos

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Barcelona, Espanha — Com a reabertura das bolsas e do mercado de bônus nos Estados Unidos, que ontem fizeram uma pausa para feriado, esta será uma sessão de ajustes. O salto dos prêmios dos títulos soberanos levam as bolsas europeias e os futuros de índices em Nova York a perdas.

Os Treasuries norte-americanos de 10 anos alcançam níveis pré-pandêmicos e, na Europa, os rendimentos de referência da dívida alemã estavam à beira de se tornar positivos pela primeira vez desde o início de 2019.

A disparada do “yield” dos bônus reflete o cenário de alta das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), que está disposto a usar todas as suas armas para impedir que a inflação se enraíze na economia norte-americana. O tranco nos preços do petróleo, que levou o Brent ao seu nível mais elevado desde 2014, reaviva as preocupações sobre a escalada inflacionária.

Porém, espera-se que a safra de balanços dê uma contribuição positiva ao mercado. Os destaques do dia são Goldman Sachs, PNC Financial Services, Bank of New York Mellon e Interactive Brokers. O mercado também estará atento ao ritmo da atividade industrial nos EUA e a novas investidas de política monetária.

Notícias quentes para o mercado

Hoje, o Bank of Japan (BoJ) elevou sua perspectiva para a inflação pela primeira vez desde 2014, de 0,9% para 1,1% este ano, mas manteve inalterados sua taxa de juros negativa, a meta para os prêmios de seus bônus e as compras de ativos que vem fazendo no mercado. A medida está alinhada ao que esperavam os operadores, já que a inflação no país asiático permanece sob controle.
Também esta manhã foi anunciado que o mercado de trabalho britânico cresceu com força, apesar do aumento dos contágios pelo coronavírus no fim do ano passado. A oferta de vagas no Reino Unido alcançou uma cifra recorde de 1,25 milhões no quarto trimestre. O número de pessoas na folha de pagamento das empresas aumentou 184.000 em dezembro, mais forte do que o ritmo esperado, segundo os dados do Escritório de Estatísticas Nacionais. Já a taxa de desemprego caiu para 4,1% nos três meses findos em novembro, a melhor leitura desde junho de 2020. Juntos, estes números sugerem uma força na economia que pode encorajar o Banco da Inglaterra a manter seu foco na inflação - o que pode significar, na prática, juros mais altos.
Na Alemanha, a pesquisa ZEW de Expectativas referente a janeiro também surpreendeu positivamente, subindo a 51,7 pontos, contra os 32,0 esperados e os 29,9 pontos indicados na medição anterior. Contudo, a situação atual piorou pelo quarto mês sucessivo (-10,2 pontos, versus -8,8 projetados e -7,4 da leitura anterior).

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🟢 As bolsas ontem: Stoxx 600 (+0,70%), FTSE 100 (+0,91%), Ibovespa (-0,52%). Feriado nos Estados Unidos.

Com os mercados fechados nos EUA e uma agenda morna na Europa, a principal notícia foi o corte da taxa de juros da China pela primeira vez desde abril de 2020. Contrariando o rumo que vêm tomando outros bancos centrais, o Banco Popular da China reduziu o custo para os empréstimos de um ano em 10 pontos-base, para 2,85%.

No radar

EUA: Índice Empire State de Atividade Industrial (janeiro)
Percepção Econômica ZEW - Alemanha (janeiro))
Decisão de política monetária do Banco do Japão
Balanços: Goldman Sachs, BNY Mellon

Quarta, 19

Europa: Transações correntes, produção do setor de construção (novembro)
EUA: pedidos de hipotecas, licenças de construção e construção de novas casas (dezembro) - Balanços: UnitedHealth Group, Bank of America, Procter & Gamble, ASML, Morgan Stanley, Charles Schwab, US Bancorp, United Airlines

Quinta, 20

EUA: pedidos iniciais de seguro-desemprego - Decisões de política monetária de países como Indonésia, Malásia, Noruega, Turquia e Ucrânia
Relatório sobre os estoques de petróleo bruto do EIA
Europa: Índice de Preços ao Consumidor (anual), atas de política monetária do BCE- Balanços: Netflix, Union Pacific, American Airlines Group

Sexta, 21