Bloomberg — A Microsoft (MSFT) disse que está comprando a Activision Blizzard (ATVI) em um acordo de US$ 68,7 bilhões, unindo duas das maiores forças em videogames do mundo.
Na maior compra de todos os tempos, a Microsoft pagará US$ 95 por ação em dinheiro para uma das maiores editoras de jogos dos Estados Unidos, conhecida por títulos como Call of Duty e World of Warcraft, mas que também está enfrentando uma reviravolta cultural por causa do tratamento dado às mulheres.
O CEO da Activision, Bobby Kotick, continuará exercendo essa função, disse a Microsoft. Assim que o acordo for fechado, o negócio da Activision Blizzard se reportará a Phil Spencer, que lidera a Microsoft Gaming.
A adição de títulos populares da Activision ajudará a Microsoft a expandir suas próprias ofertas para o console Xbox e competir melhor com o PlayStation, da rival Sony. A Activision tem uma longa história com o Xbox. A maior franquia da editora, Call of Duty, fez sucesso em grande parte devido à inovadora plataforma online da Microsoft, Xbox Live, que permite que os jogadores se conectem para partidas multiplayer. A maioria dos jogos da Activision são publicados em consoles Xbox.
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“Esta aquisição acelerará o crescimento dos negócios de jogos da Microsoft em dispositivos móveis, PCs, consoles e nuvem e fornecerá blocos de construção para o metaverso”, disse a Microsoft em comunicado nesta terça-feira (18).
Uma das editoras mais lendárias do setor, a Activision está envolvida em controvérsias há meses em meio a vários processos por alegações de discriminação e assédio de gênero. Kotick, que lidera a empresa há três décadas, está sob pressão dos funcionários para se demitir.
O escândalo afetou uma empresa que já lutava para se adaptar ao fim de um boom de videogames alimentado por pandemia. Em novembro, a Activision atrasou dois de seus jogos mais esperados e deu uma previsão de vendas para o quarto trimestre que ficou aquém das expectativas de Wall Street, fazendo as ações despencarem.
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