BofA vê início mais fraco da safra de balanços desde a pandemia

Os mais otimistas, como o JPMorgan, esperam ganhos para restaurar a confiança no rali das ações, após derrocada por preocupações com juros

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Bloomberg — As pressões salariais são o maior risco para a lucratividade das empresas americanas, disseram estrategistas do Bank of America (BAC), ao dobrarem o alerta de longa data de que o período de crescimento explosivo dos balanços está chegando ao fim.

“Estimativas negativas e cortes de estimativas provavelmente estão por vir”, escreveram os estrategistas liderados por Savita Subramanian em uma nota aos clientes. Eles preveem que o lucro por ação das empresas do S&P 500 superará as estimativas em 3% para o quarto trimestre, “mas veem riscos negativos para o ano de 2022”.

Embora a temporada de balanços mal tenha começado, a reação do mercado aos lucros relatados por alguns dos maiores nomes de Wall Street foi contida, para dizer o mínimo, com as ações do Goldman Sachs em queda e investidores decepcionados.

Os mais otimistas, como o JPMorgan (JPM), esperam ganhos para restaurar a confiança no rali das ações, após uma derrocada desencadeada por preocupações com o aumento das taxas de juros e uma deterioração das perspectivas macroeconômicas.

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Estrategistas do BofA disseram que os resultados até agora são os piores desde o início da pandemia, pois “a escassez de mão de obra é cada vez mais evidente”. Os resultados trimestrais também serão afetados negativamente por um aumento nas infecções da variante ômicron do coronavírus, que reduziu os gastos com viagens e lazer.

A avaliação pessimista reflete a perspectiva de baixa do BofA para os mercados de ação após um rali que empurrou o S&P 500 para sucessivos recordes nos últimos meses.

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