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Quem são e como investem em criptomoedas os ‘degenerados’

Em busca de ganhos maiores, esses investidores exploram as finanças descentralizadas interagindo com diferentes plataformas

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Tempo de leitura: 3 minutos

Por Gino Matos para Mercado Bitcoin

São Paulo — Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) abordou, em relatório divulgado em seu blog, a aproximação do segmento de criptomoedas do mercado de ações no que diz respeito à resposta das moedas digitais a variáveis externas, que exigem atenção dos investidores.

Assim como o investimento na bolsa requer sangue-frio para suportar o sobe e desce das ações, os ativos digitais exigem conhecimento para minimizar qualquer possível prejuízo. Neste mercado, no entanto, há um tipo de investidor, classificado no meio cripto como ‘degenerados’, ou apenas degens, que aceitam riscos maiores.

Os degens se aventuram nas finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês) utilizando suas diferentes plataformas. Investimento em pré-venda de tokens, staking de criptoativos – que funciona como uma poupança na medida em que o detentor da moeda a deixa na rede e é remunerado por isso –, participação em jogos play to earn, e prestação e tomada de empréstimos são algumas das operações realizadas.

Esse segmento, apesar de oferecer alto potencial de ganhos, é também muito arriscado. Para se ter uma ideia dessa proporção de risco, é necessário conversar com um degen.

Ano agitado

Roberto, como o investidor degen prefere ser identificado, é contador e tem mais de uma década de experiência no mercado financeiro tradicional. Ele conheceu as criptomoedas em 2013, via Bitcoin, e vem interagindo com elas desde então.

Dado seu histórico mais conservador nas finanças tradicionais, Roberto acompanhou a explosão da popularidade das DeFi no fim de 2019, mas se manteve fora delas até janeiro de 2021.

“Entrei no Project Mars, da Poolin [pool de mineração de Bitcoin], e investi nos tokens que compartilhavam os ganhos obtidos via mineração. Foi minha primeira relação com as DeFi, onde aloquei capital considerável e tive um lucro razoável”, conta.

Sua experiência no mercado tradicional, explica, foi de grande ajuda nesse um ano em que investe nas DeFi, fazendo com que escapasse por pouco de grandes prejuízos.

“Como contador sei que não existe criação de dinheiro vindo do além. Isso me ajudou a liquidar os tokens que eu tinha do Iron Finance (plataforma DeFi) um dia antes do colapso. O conhecimento foi fundamental, mas também tive um pouco de sorte”, fala.

O episódio ao qual o investidor se refere foi o problema com o token TITAN, da plataforma Iron. O preço saiu de pouco mais de US$ 60 para zero em poucas horas devido a uma pressão de venda massiva que eliminou toda a demanda.

Ainda que sua experiência tenha ajudado a evitar parte dos prejuízos, eles foram inevitáveis. “Comprei um NFT assim que uma coleção foi iniciada. E essas compras são geralmente feitas por meio de grupos do Telegram. Eu estava tão eufórico para conseguir o token que quando me colocaram em outro grupo com a opção de clicar e comprar, eu cliquei. Assim que enviei o dinheiro percebi que era um golpe. Perdi R$ 15 mil.”

Não bastasse o golpe, Roberto conta que entrou tarde no Axie Infinity, famoso jogo baseado em NFT. “Gastei R$ 12 mil nos meus Axies [NFTs necessários para jogar] e, pouco tempo depois, o preço deles caiu drasticamente. Tive de aceitar o prejuízo.”

Olhar atento

Com a experiência que ganhou nesse mercado, Roberto aconselha que a melhor maneira de evitar golpes ou prejuízos constantes é analisar os projetos como se fossem startups antes de adquirir seus tokens. “Se o protocolo não oferecer serviços diferentes daquilo que já está disponível no mercado, é provável que a equipe do projeto liquidará seus tokens e desaparecerá com os fundos, deixando os investidores no prejuízo”, explica.

Lucas Passarini, especialista cripto da MezaPro, braço do Mercado Bitcoin, maior plataforma da América Latina para negociação de criptoativos, voltado a clientes de alta renda, faz recomendações que vão na mesma linha. Ele avalia ser fundamental estudar as variações de preço de um token DeFi, entendendo os motivos por trás das oscilações antes de alocar capital.

“Além disso, é importante verificar o grau de utilidade que o token do protocolo oferece. Se ele tem um alto grau de inflação, é preciso que sua utilidade dentro e fora do protocolo também seja elevada para combater a pressão vendedora de sua alta emissão”, diz.

Na dúvida, Passarini recomenda o uso de uma exchange consolidada no mercado cripto, como o Mercado Bitcoin.  “O Mercado Bitcoin busca selecionar os protocolos DeFi mais sustentáveis, avaliando não apenas as oscilações de preço e valor de mercado, mas seu desenvolvimento via atualizações e as soluções oferecidas.”

Mercado Bitcoin

A maior plataforma de criptomoedas da América Latina