Barcelona, Espanha — A semana começou no azul nas bolsas europeias e nos negócios com futuros de índices dos Estados Unidos, embora este seja um dia atípico, já que os mercados à vista de ações daquele país, assim como o de bônus, permanecerão fechados pelo dia de Martin Luther King Jr. Após uma semana de calibragem, com os investidores reajustando suas apostas ao cenário de endurecimento monetário pelo Federal Reserve (Fed), que jogou para o alto o yield dos títulos soberanos, os mercados devem centrar sua atenção na nova temporada de balanços.
O ruído de fundo sobre a política monetária dos bancos centrais permanecerá, embora com menos vigor que antes, pois os dirigentes do Fed entram no período de “blackout”, o que significa que não podem fazer declarações públicas na semana que antecede sua reunião, neste caso agendada para os dias 25 e 26 janeiro.
Ainda que nesta semana os balanços ganhem protagonismo frente às decisões sobre juros, o tema continua no radar. Hoje, a China mostrou que sua preocupação pela recuperação econômica supera o medo da inflação.
- Em direção contrária à dos demais bancos centrais, o Banco Popular da China reduziu uma taxa de juros chave pela primeira vez em quase dois anos. O custo para os empréstimos de um ano caiu 10 pontos-base, para 2,85%.
- A redução foi anunciada antes da divulgação do relatório sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do país, que avançou 4% no último trimestre de 2021, comparativamente ao mesmo período de 2020. O crescimento, apesar de superior aos 3,3% estimados por economistas, desacelerou-se frente aos três meses anteriores. O recuo do setor imobiliário e o fechamento parcial da Covid estão entre os desafios para a segunda maior economia do mundo. O declínio do setor imobiliário e o fechamento parcial pela onda ômicron estão entre os desafios para a segunda maior economia do mundo.
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🟢 As bolsas na sexta-feira: Dow (-0,56%), S&P 500 (+0,08%), Nasdaq (+0,59%), Stoxx 600 (-1,01%), Ibovespa (+1,33%)
A notícia de destaque foi a queda inesperada da produção industrial dos Estados Unidos em dezembro, um reflexo dos problemas persistentes dos fabricantes com materiais e escassez de mão de obra. O recuo de 0,3% veio após um aumento revisado de 0,6% em novembro, mostraram dados do Federal Reserve. O declínio nas vendas no varejo no país - o maior em 10 meses - também surpreendeu, sugerindo que o galope inflacionário já afeta o consumo.
No radar
- Feriado bancário nos Estados Unidos (Martin Luther King Jr.)
- Encontro do Eurogrupo
- China: PIB do 4T21, vendas no varejo (dezembro), produção industrial
- Japão: índice de atividade da indústria terciária do Japão (novembro)
No Brasil:
- Boletim Focus, IBC-Br, IGP-10
Terça, 18
- EUA: Índice Empire State de Atividade Industrial (janeiro)- Decisão de política monetária do Banco do Japão
- Balanços: Goldman Sachs, BNY Mellon
Quarta, 19
- Europa: Transações correntes, produção do setor de construção (novembro)
- EUA: pedidos de hipotecas, licenças de construção e construção de novas casas (dezembro) - Balanços: UnitedHealth Group, Bank of America, Procter & Gamble, ASML, Morgan Stanley, Charles Schwab, US Bancorp, United Airlines
Quinta, 20
- EUA: pedidos iniciais de seguro-desemprego - Decisões de política monetária de países como Indonésia, Malásia, Noruega, Turquia e Ucrânia
- Relatório sobre os estoques de petróleo bruto do EIA
- Europa: Índice de Preços ao Consumidor (anual), atas de política monetária do BCE- Balanços: Netflix, Union Pacific, American Airlines Group
Sexta, 21
- Reino Unido: Vendas no varejo (dezembro)
- BCE: discurso da presidenta Christine Lagarde
- Europa: Índice de Confiança do Consumidor (janeiro)
- EUA: Índice de Indicadores Antecedentes (dezembro)
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-- Com informações de Bloomberg News