A edição milionária do BBB

Também no Breakfast: Balanços corporativos voltam à cena nesta semana; Áustria multará quem não se vacinar contra Covid e Verão em Punta del Este: quanto custa comer nos melhores restaurantes?

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Bom dia! Hoje é 17 de janeiro de 2022 e este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias do dia

Nas últimas semanas, a 22ª edição do Big Brother Brasil, que estreia hoje, tem sido um assunto onipresente em redes sociais. Desde sexta, o programa ou termos associados a ele estão ininterruptamente nos trending topics do Twitter, lideram as buscas no Google e viraram o principal assunto tratado por publicações que cobrem TV no país. Tanto buzz ajuda a explicar por que esta edição do reality show é a mais lucrativa da história.

  • Embora a emissora não forneça números detalhados, a Globo faturou ao menos R$ 690 milhões em cotas publicitárias para os 95 dias que o BBB 22 ficará no ar. Excetuando o bilionário negócio do futebol, o BBB supera individualmente qualquer outro produto de entretenimento da emissora em termos de escala de vendas.
  • Dentro do financeiro da emissora, o BBB hoje é considerado um produto tão bem-sucedido comercialmente quanto o prestigioso Jornal Nacional, que tem o minuto mais caro da publicidade brasileira. Os 20 segundos entre o momento em que William Bonner e Renata Vasconcellos leem as manchetes do dia e o começo do jornal custam R$ 1,3 milhão.

💰 A cota de patrocínio mais cara para aparecer no BBB 22 custa quase R$ 92 milhões. No pelotão de frente das marcas estão gigantes como as Americanas (AMER3), do varejo, Avon (NTCO3), de cosméticos, e a fintech PicPay. Não por acaso a Fitch Ratings projeta que a Globo deverá ter receita recorde este ano.

Na trilha dos Mercados

Após uma semana de calibragem, com os investidores reajustando suas apostas ao cenário de endurecimento monetário pelo Federal Reserve (Fed), os mercados devem centrar sua atenção na nova temporada de balanços. Hoje é feriado nos Estados Unidos pelo dia de Martin Luther King Jr e os mercados à vista de ações do país, assim como o de bônus, permanecerão fechados. O ruído de fundo sobre a política monetária dos bancos centrais permanecerá, embora com menos vigor que antes, pois os dirigentes do Fed entram no período de “blackout, o que significa que não podem fazer declarações públicas na semana que antecede sua reunião, neste caso agendada para os dias 25 e 26 janeiro.

🟢 Ainda que nesta semana os balanços ganhem protagonismo frente às decisões sobre juros, o tema continua no radar. Hoje, a China mostrou que sua preocupação pela recuperação econômica supera o medo da inflação.

Em direção contrária à dos demais bancos centrais, o Banco Popular da China reduziu uma taxa de juros chave pela primeira vez em quase dois anos. O custo para os empréstimos de um ano caiu 10 pontos-base, para 2,85%. O recuo do setor imobiliário e o fechamento parcial pela onda ômicron estão entre os desafios para a segunda maior economia do mundo.

🟢 As bolsas na sexta-feira: Dow (-0,56%), S&P 500 (+0,08%), Nasdaq (+0,59%), Stoxx 600 (-1,01%), Ibovespa (+1,33%)

A notícia de destaque foi a queda inesperada da produção industrial dos Estados Unidos em dezembro, um reflexo dos problemas persistentes dos fabricantes com materiais e escassez de mão de obra. O recuo de 0,3% veio após um aumento revisado de 0,6% em novembro, mostraram dados do Federal Reserve. O declínio nas vendas no varejo no país - o maior em 10 meses - também surpreendeu, sugerindo que o galope inflacionário já afeta o consumo.

No radar

  • Feriado bancário nos Estados Unidos (Martin Luther King Jr.)
  • Encontro do Eurogrupo
  • China: PIB do 4T21, vendas no varejo (dezembro), produção industrial
  • Japão: índice de atividade da indústria terciária do Japão (novembro)

No Brasil:

  • Boletim Focus, IBC-Br, IGP-10

Terça, 18

  • EUA: Índice Empire State de Atividade Industrial (janeiro)- Decisão de política monetária do Banco do Japão
  • Balanços: Goldman Sachs, BNY Mellon

Quarta, 19

  • Europa: Transações correntes, produção do setor de construção (novembro)
  • EUA: pedidos de hipotecas, licenças de construção e construção de novas casas (dezembro) - Balanços: UnitedHealth Group, Bank of America, Procter & Gamble, ASML, Morgan Stanley, Charles Schwab, US Bancorp, United Airlines

Quinta, 20

  • EUA: pedidos iniciais de seguro-desemprego - Decisões de política monetária de países como Indonésia, Malásia, Noruega, Turquia e Ucrânia
  • Relatório sobre os estoques de petróleo bruto do EIA
  • Europa: Índice de Preços ao Consumidor (anual), atas de política monetária do BCE- Balanços: Netflix, Union Pacific, American Airlines Group

Sexta, 21

  • Reino Unido: Vendas no varejo (dezembro)
  • BCE: discurso da presidenta Christine Lagarde
  • Europa: Índice de Confiança do Consumidor (janeiro)
  • EUA: Índice de Indicadores Antecedentes (dezembro)

Destaques da Bloomberg Línea

Também é importante

  • Exclusivo | Guaidó explica desafio de revogar presidência de Maduro: Juan Guaidó não é o mesmo de três anos atrás - é possível notar por suas vestimentas, seu discurso e até os fios brancos na cabeça. O cenário também mudou. Após ter cinco escritórios revistados, ele recebeu a Bloomberg Línea em sua residência para conceder uma entrevista presidencial em nome do governo interino que comanda e do qual tomou posse em 23 de janeiro de 2019.
  • Walmart tem planos para criar própria criptomoeda e NFTs: O Walmart está se preparando para criar a própria criptomoeda e coleção de tokens não fungíveis, arquivados na mostra do Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos EUA, preparando o terreno para atender seus clientes no metaverso emergente.
  • Presidente da Universidade do Michigan é demitido por ‘relações inapropriadas’: A Universidade de Michigan demitiu abruptamente seu presidente, Mark Schlissel, depois que o Conselho de Regentes descobriu que ele mantinha um “relacionamento inadequado” com uma funcionária da escola.
  • Canal de Suez registra recorde de navios em 2021, mesmo com Ever Given: Mais navios atravessaram o Canal de Suez em 2021 na história, apesar do bloqueio temporário por uma embarcação de 400 metros de comprimento e dos efeitos da pandemia de coronavírus.

Opinião Bloomberg

‘Não olhe para cima’ da Netflix é uma lição sobre mensagens climáticas

A sátira climática do diretor Adam McKay, “Não olhe para cima”, não é exatamente sutil. Os cabelos são estranhos, a paródia óbvia, os alvos tão abundantes quanto o elenco repleto de estrelas competindo por espaço – e o planeta está prestes a explodir. Todo o empreendimento é um monumento à raiva e à frustração, o que pode explicar por que os cientistas ambientais gostaram mais do filme do que os críticos de cinema. Seja pelas escolhas infelizes dos protagonistas ou mesmo do cineasta, isso também traz uma lição valiosa sobre os desafios muito reais na tentativa de divulgar a necessidade de uma ação global urgente contra as mudanças climáticas.

Pra não ficar de fora

A produção de terror Pânico derrubou o Homem-Aranha: Sem Volta para Casa no topo das bilheterias dos EUA e do Canadá, desbancando o filme com mais ingressos vendidos da era da pandemia, com mais de US$ 1,6 bilhão globalmente em quatro semanas de lançamento.

😱 Pânico, o novo filme da franquia que começou há cerca de 25 anos, arrecadou cerca de US$ 30,6 milhões em vendas de ingressos na América do Norte no fim de semana, de acordo com a Comscore. O resultado superou a previsão de US$ 29,8 milhões do Boxoffice Pro para o filme da ViacomCBS Paramount Pictures.

🕸️ Enquanto isso, no mesmo fim de semana o blockbuster Homem-Aranha, da Sony, gerou US$ 20,8 milhões em bilheteria.

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