Bloomberg Línea — As vendas no varejo brasileiro tiveram uma alta mensal de 0,6% em novembro, mês da Black Friday, com queda em cinco das oito atividades monitoradas. No ano, o varejo acumula alta de 1,9% e nos últimos doze meses, também crescimento de 1,9%. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
- Entre as oito atividades pesquisadas, cinco tiveram taxas negativas em novembro, com queda nas vendas de móveis e eletrodomésticos, assim como tecidos, vestuário e calçados (-1,9%), combustíveis e lubrificantes (-1,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-1,4%).
- Do outro lado, o varejo avançou puxado, principalmente, pelo crescimento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%).
- Também avançaram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%).
- Na comparação com novembro de 2020, o varejo caiu 4,2%
Varejo ampliado
No comércio varejista ampliado, o crescimento de 0,5% no volume de vendas, em novembro, foi influenciado pelas taxas positivas de veículos, motos, partes e peças (0,7%) e material de construção (0,8%), depois dos resultados negativos do mês anterior, -0,4% e -0,8%, respectivamente.
Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, em nota, o resultado fraco para o mês conhecido pelas compras da Black Friday se deu, em parte, por conta da inflação e também porque a maior disponibilidade de crédito nos meses anteriores acabou por antecipar essas compras.
Volume de serviços
Ontem, o IBGE também divulgou o volume de serviços no Brasil no mês, com uma alta de 2,4% na comparação com outubro de 2021.
Com isso, o setor se encontra 4,5% acima do nível pré-pandemia e no mesmo patamar de dezembro de 2015.
- Na série sem ajuste sazonal, frente a novembro de 2020, o volume de serviços avançou 10%, nona taxa positiva consecutiva.
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