BlackRock é a primeira gestora do mundo com US$ 10 trilhões de ativos

Investidores investiram US$ 104 bilhões líquidos em ETFs nos três meses encerrados em 31 de dezembro, disse a empresa

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Bloomberg — A BlackRock tornou-se a primeira gestora do mundo a atingir US$ 10 trilhões em ativos, impulsionada por um aumento nos fluxos do quarto trimestre para seus fundos negociados em bolsa.

Os investidores investiram US$ 104 bilhões líquidos em ETFs nos três meses encerrados em 31 de dezembro, disse a empresa na sexta-feira (14) em comunicado.

A maior gestora de ativos do mundo também se beneficiou de um rali nos mercados, com o S&P 500 subindo 11% no último trimestre e 27% em 2021. Os investidores adicionaram US$ 169 bilhões líquidos aos veículos de investimento de longo prazo da BlackRock, incluindo ETFs e fundos mútuos, nos últimos três meses do ano.

“Nosso negócio está mais diversificado do que nunca”, disse o CEO Larry Fink no comunicado. “Estratégias ativas, incluindo alternativas, contribuíram com mais de 60% do crescimento da taxa básica orgânica em 2021.”

Os resultados reforçam a posição da BlackRock no topo do setor, com ativos sob gestão se recuperando de uma queda no final do terceiro trimestre. Os ganhos vêm antes de uma carta anual que Fink, 69, envia aos líderes corporativos, estabelecendo prioridades em tudo, desde a diversidade da diretoria até as mudanças climáticas.

Gerenciado ativamente

Os fundos gerenciados ativamente, um estilo que inclui ETFs e fundos mútuos, tiveram um fluxo líquido de US$ 101 bilhões. A BlackRock agora administra US$ 2,6 trilhões em tais ativos. Os negócios alternativos da empresa, que incluem fundos de hedge, tiveram entradas de US$ 5,5 bilhões, elevando os ativos totais para US$ 265 bilhões.

A remuneração e os benefícios dos funcionários aumentaram US$ 218 milhões em relação ao quarto trimestre de 2020, refletindo o movimento da empresa de aumentar os salários dos funcionários à medida que a inflação subiu nos EUA.

A BlackRock, com sede em Nova York, teve lucro ajustado por ação de US$ 10,42, superando a estimativa média de US$ 10,15 dos analistas consultados pela Bloomberg. A receita no trimestre foi de US$ 5,11 bilhões, abaixo da estimativa média de US$ 5,16 bilhões.

A BlackRock ficou aquém da receita devido a um declínio nas taxas de desempenho, de acordo com Kyle Sanders, analista da Edward Jones. As ações caíam 1,7% às 11h45, horário de Brasília, nas negociações de Nova York, para US$ 852,50.

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