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Ideias Bloomberg Línea

A melhor hora para lançar (ou ingressar em) uma startup é agora

Enquanto o mundo recupera a economia, empreendedores devem aprender como as principais startups lidam com seus desafios diários

Tempo de leitura: 2 minutos

Bloomberg Línea Ideas — Inclusão, democratização e impacto. Essas são algumas das mudanças fundamentais que estão desencadeando a próxima geração de startups no mundo, principalmente as que saem da América Latina, o que faz do presente o melhor momento para lançar – ou ingressar – em uma startup.

Recentemente, moderei uma série de masterclasses para ajudar a preparar a mais nova geração de operadores para trabalhar em startups de tecnologia. Na série de discussões, os principais empreendedores e operadores compartilharam seus conselhos sobre tudo, desde o lançamento de uma startup até a construção de uma equipe e a expansão para novos mercados.

Na primeira sessão, Shu Nyatta, sócio-gerente do SoftBank Group International, compartilhou seus pensamentos sobre três mudanças fundamentais no empreendedorismo – e por que eles estão tornando este o melhor momento para lançar uma startup de tecnologia.

Compartilho aqui alguns highlights do que falamos:

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  1. Uma mudança do que era disrupção para a inclusão: Em vez de inovar e acabar levando outras empresas à falência, a nova onda de startups, principalmente na América Latina, está focada em levar produtos e serviços para mercados carentes e permitir que mais pessoas participem da economia global. A Fintech Klarna, por exemplo, está permitindo que mais pessoas comprem coisas de maneira acessível; a gigante de entregas Rappi está ajudando restaurantes e outras empresas a expandir seu alcance; e o Banco Inter, a Konfio e a Creditas estão ampliando o acesso a serviços financeiros.

Em vez de inovar e acabar levando outras empresas à falência, a nova onda de startups, principalmente na América Latina, está focada em levar produtos e serviços para mercados carentes e permitir que mais pessoas participem da economia global

  1. Transição da elite para o acesso democrático a funding: Antes, era necessário muito dinheiro para lançar uma startup. Agora, qualquer pessoa pode lançar uma startup de qualquer lugar do mundo, a um custo muito menor, independentemente de seu histórico ou rede de contatos. Além disso, com montantes recordes de capital de risco sendo investidos, as startups têm mais acesso a recursos do que nunca.
  2. Mudança de atuação em nicho para segmentos amplos: Por muito tempo, o setor de tecnologia significava que as startups estavam focadas em varejo ou publicidade. Agora, as startups de tecnologia abrangem todos os setores (saúde, educação, logística e outros).

Outras masterclasses incluíram o cofundador da Rappi, Sebastian Mejia, que compartilhou sua visão sobre por que a cultura de startup é tão importante. Em outra ocasião, Claudia Woods, CEO da WeWork LatAm, falou sobre a definição de KPIs e metas. Além disso, Carlos García, cofundador da Kavak, falou sobre masterização de storytelling, e Sergio Furio, fundador da Creditas, falou sobre crescer com uma startup. A série terminou com Meltem Demirors, diretor de estratégia da CoinShares, que falou sobre o setor de criptomoedas chegar a US$ 100 trilhões e como a Web 3.0 irá mais uma vez revolucionar o mundo.

Tudo isso me faz lembrar sobre o que vi em minha carreira. Abri minha primeira empresa aos 15 anos. Era uma fábrica de laticínios que ficava na fazenda de meus pais em meu país natal, a Colômbia.

Essa primeira empreitada levou-me a um caminho de empreendedorismo na área de tecnologia, incluindo uma fintech lançada em 2006, criada para democratizar o acesso a serviços financeiros por meio de plataformas como o crowdfunding.

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Por fim, vendi a empresa, fiz um MBA no MIT e concluí que a melhor maneira de ter um efeito multiplicador seria ingressar em plataformas globais que capacitassem os fundadores a crescer e escalar. Decidi ingressar no Citibank e tornei-me chefe global de aceleração de fintechs e continuei sendo diretora de aceleração na TheVentureCity e empreendedora-chefe no IDB Lab, acabando por conseguir meu emprego atual, no qual ajudo fundadores a encontrar a melhor maneira de acelerar o crescimento de suas startups.

Os melhores empreendedores são aprendizes ao longo da vida com uma curiosidade insaciável e ânsia para aprender com outras pessoas que enfrentaram desafios semelhantes.

Lições como esta devem desencadear algo nos futuros empreendedores que fará sua jornada parecer mais possível ou inspirar uma ideia que desejam seguir.

Esta coluna não reflete necessariamente a opinião dos conselhos editoriais da Bloomberg Línea, da Falic Media ou da Bloomberg LP e de seus proprietários.

--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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