Bloomberg — A capital japonesa Tóquio elevou o alerta de covid para o segundo maior entre os quatro níveis, na quinta-feira (13), com o aumento do número de casos e a variante ômicron rapidamente assumindo o lugar de cepa dominante.
Os casos diários na capital japonesa chegaram a 3.124, o nível mais alto desde setembro. Uma semana antes, a contagem diária era de apenas 641 .
Até recentemente, o Japão tinha conseguido evitar as ondas de infecção no nível em que foram observadas em muitos outros países causadas pela variante ômicron, altamente transmissível, mas a situação está mudando rapidamente. O governo do primeiro-ministro Fumio Kishida classificou três das áreas mais atingidas sob estado de quase emergência, permitindo que as autoridades locais imponham restrições a negócios, como bares e restaurantes.
Tóquio buscará medidas semelhantes se sua taxa de ocupação de leitos hospitalares atingir 20%, em comparação com um nível de 13,7% na quarta-feira (12), de acordo com um relatório da emissora pública NHK. A governadora Yuriko Koike consideraria pedir ao governo que declare estado de emergência se a taxa chegar a 50%, segundo um outro relatório da Kyodo.
As ações caíram na quinta-feira (13), com o aumento da infecção prejudicando o sentimento dos investidores, principalmente no setor de viagens. O Japão ainda precisa avançar muito na administração das doses de reforço para sua população, com menos de 1% da população tendo recebido uma terceira dose. Embora Kishida tenha prometido acelerar o processo, a maior parte da população ainda precisará esperar meses para receber o reforço.
A capital japonesa também aumentou seu nível de alerta quanto à situação da saúde em um degrau, para o segundo nível mais baixo, na quinta-feira (13). O governo decidiu descartar a quarentena para trabalhadores médicos que foram identificados como contatos próximos de casos de ômicrons, já que o sistema de saúde da prefeitura de Okinawa, no sul, local de um dos maiores surtos do país, ficou sob forte pressão.
– Esta notícia foi traduzida por Marcelle Castro, Localization Specialist da Bloomberg Línea.
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