Ômicron, gripe ou resfriado? Veja os sintomas mais comuns de cada um

Sinais semelhantes e surto de influenza vem gerando dúvidas entre possíveis infectados pelos vírus

Los casos de Covid-19 continúan aumentando en Europa
13 de Janeiro, 2022 | 11:03 AM

Bloomberg Línea — Há semanas, infectologistas vêm alertando que o Brasil está passando por duas epidemias simultâneas: Covid-19 e gripe.

A primeira, é potencializada para variante ômicron, a mais contagiosa desde o início da pandemia. A segunda, é uma velha conhecida, a Influenza, que apesar de antiga, também está de cara nova: a variante H3N2. Para completar o pacote, há também os resfriados, que também tornaram-se mais frequentes.

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No meio de tantas doenças com sintomas bastante parecidos, às vezes, na ausência de um teste, é difícil identificar por qual vírus exatamente você está sendo atingido. Por isso, fizemos uma lista com os principais sintomas de cada uma das doenças.

Quais os sintomas da variante ômicron?

A ômicron, variante B.1.1.529, foi detectada e anunciada pelo Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD) em 25 de novembro de 2021 a partir de amostras retiradas de um laboratório cerca de dez dias antes.

Segundo estudos realizados desde o seu surgimento, ela contém um número significativo de mutações em relação a variantes anteriores, o que resulta em um comportamento diferente do vírus. Atualmente, ela já é a variante dominante em diversos países e, em algumas semanas, terá infectado metade da população do continente europeu.

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Os principais sintomas incluem coriza, dor de cabeça, cansaço, espirros e dor de garganta, segundo informações divulgadas pelo Instituto Butantan. Geralmente, eles são leves e melhoram, em média, cinco dias após o início. A febre também é um sintoma, mas menos frequente. Estudos já apontam que a ômicron se reproduz mais rápido nas vias aéreas e poupa outros órgãos, como o pulmão.

Quais os sintomas da gripe?

Causada pelo vírus Influenza, a gripe já é uma velha conhecida de todos. Anualmente, governos promovem campanhas de vacinação contra o vírus. Tanto em 2020, ano do início da pandemia de Covid, quanto em 2021, elas ocorreram normalmente, não só pela sua existência prévia como também para prevenir diagnósticos errados nos momentos mais críticos

Segundo o Instituto Butantan, os sintomas clássicos são febre súbita, tosse (geralmente seca), dor de cabeça, dores musculares e articulares, mal-estar, dor de garganta e coriza. Segundo a OMS, a tosse pode ser forte e durar duas ou mais semanas. Dessa forma, a febre pode ser um importante elemento para diferenciar as possíveis infecções.

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Entretanto, no último ano, a doença ganhou cara nova: a variante H3N2. Nesse caso, os sintomas são os mesmos, mas com maior potencial de causar casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em idosos e imunocomprometidos.

“Se o paciente começa a ter sintomas como febre, dor no corpo, dor de garganta, ele tem que procurar ser testado”, salienta Álvaro Furtado da Costa, médico infectologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

Quais os sintomas de resfriado?

O resfriado é uma infecção viral da parte superior do sistema respiratório, que pode ser gerada por mais de 200 vírus diferentes, embora o mais comum seja o Rinovírus.

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O período de incubação geralmente é curto, com sintomas aparecendo em cerca de dois dias. Depois disso, o quadro pode se entender entre quatro e sete dias.

Um ponto chave para diferenciá-lo da Covid e da gripe é a febre, já que, no resfriado, ela é rara. Na variante Ômicron ela é menos frequente, mas ainda tem mais chances de aparecer. Na gripe, ela aparece na maioria dos casos.

“Geralmente o resfriado é um quadro mais brando”, diz Costa. “Tem mais espirro, coriza, não tem febre, não tem dor no corpo e não tem dor de garganta”, completa.

Procurando ajuda

A testagem continua sendo a principal e melhor forma de distinguir os quadros. “É aconselhável que o paciente procure o pronto-socorro só se estiver com um quadro respiratório bastante importante que, basicamente, seria falta de ar e desconforto para respirar”, diz Costa.

Tendo em vista a forte alta de casos nos últimos dias, para quadros mais brandos, o médico aconselha a busca por testes em clínicas e laboratórios. “Os pacientes devem procurar outras plataformas pra tentar fazer o diagnóstico sem que tenham que se dirigir necessariamente aos serviços de pronto atendimento, que estão muito superlotados nas últimas semanas”, pontua.

A automedicação também não é recomendada, principalmente o uso de medicamentos que foram amplamente divulgados durante a primeira e a segunda onda da Covid, como a Ivermectia e Hidroxicloroquina, que se mostraram totalmente ineficazes em estudos científicos.

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Igor Sodré

Jornalista com formação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, com experiência na cobertura de cultura e economia, tendo como foco mercado financeiro e companhias. Passou pela Bloomberg News e TradersClub.