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O que 2022 reserva para as criptomoedas (Parte 2)

Blockchains Solana, Polkadot e Polygon ganham atenção neste ano com alterações significativas

Blockchains Solana, Polkadot e Polygon passarão por melhorias durante o ano
Tempo de leitura: 3 minutos

Por Gino Matos para Mercado Bitcoin

São Paulo – Depois de falar sobre as mudanças previstas para o Ethereum e a Cardano em 2022, na segunda-feira, 10, especialistas indicam, hoje, na segunda e última reportagem, os avanços anunciados para as blockchains Solana, Polkadot e Polygon.

A supervalorização da Solana

A Solana é mais um protocolo que chamou a atenção de investidores em 2021. Além da expressiva valorização de quase 10.000%, no ano passado, a rede se tornou um terreno fértil para aplicações em DeFi, que utilizaram a alta capacidade da rede para processar transações.

Segundo Joaquim Folha, head da comunidade brasileira da Solana, o projeto não possui uma lista de desenvolvimentos previstos para 2022. Os desenvolvedores trabalham semanalmente em questões que julgam ser pertinentes, publicando posteriormente um relatório sobre as mudanças feitas.

“Recentemente foi feito um aprimoramento do código visando resolver alguns gargalos de desempenho, causados pela alta demanda de ofertas iniciais de tokens feitas em exchanges descentralizadas [IDO, na sigla em inglês]”, comenta Folha. Apenas o decorrer das semanas, então, revelará os caminhos que serão trilhados pelos desenvolvedores da Solana.

Polkadot e as parachains

Entre novembro e dezembro de 2021, a blockchain Polkadot fez sua atualização “mais importante”, na visão de Artur Gontijo, embaixador da Polkadot no Brasil. Essa atualização consistiu nos leilões de parachains, “blockchains especializadas em diferentes propósitos, como DeFi, NFTs e privacidade, que se conectam à Relay Chain, nome dado à blockchain principal da Polkadot”, conta Gontijo.

Por enquanto, a Relay Chain possui espaço para se conectar com apenas 100 parachains, razão pela qual são realizados leilões para selecionar quais projetos devem ocupar as vagas. Os leilões realizados até então selecionaram cinco projetos, programados para entrar oficialmente em funcionamento nas próximas semanas.

O embaixador do projeto no Brasil conta que a visão por trás da Polkadot aponta para a interoperabilidade entre redes, onde é possível desenvolver uma blockchain do zero com conexão à rede principal da Polkadot, obtendo acesso à infraestrutura de segurança e ao ecossistema já consolidado de usuários do protocolo. As parachains viabilizam a execução desse ideal, diz.

Nesse sentido, Gontijo avalia que a Polkadot fará mais avanços em termos de comunicação com outras blockchains, tanto parachains quanto redes como Ethereum e Bitcoin. As conexões com redes externas são feitas por meio de pontes, que possibilitam a transferência de tokens de uma blockchain para outra, algo inviável hoje sem elas.

O ano de 2022 também pode marcar a implementação das parathreads, que são parachains cujo modelo de pagamento se adequa ao uso. “Essas soluções não precisam de conexão contínua com a Relay Chain para, por exemplo, apenas validar uma ideia”, avalia.

Polygon e os rollups

O token MATIC é nativo do protocolo Polygon e, dentre os maiores criptoativos em valor de mercado, sua valorização foi a mais expressiva, ultrapassando os 15.000%. Robson Silva, cofundador da Pods.finance e desenvolvedor especializado em Polygon, ressalta que não se trata apenas de um protocolo, mas de um conjunto de soluções para melhorar o desempenho de blockchains.

Silva afirma que as atualizações desse conjunto de soluções previstas para 2022 terão como foco toda a categoria conhecida como rollups. “Rollups são tipos de solução de escalabilidade que executam toda a lógica computacional em uma rede secundária e só salvam uma consolidação na camada principal”, explica.

No último trimestre de 2021, a Polygon adquiriu três projetos voltados a desenvolvimentos de rollups: Miden, Mir e Hermes. Uma das mudanças a serem trazidas com o foco nessas soluções envolve o aumento da segurança da rede. “No formato rollup, é necessário apenas um nó honesto gerar uma prova de fraude para que se garanta a segurança da rede”, diz.

Um pequeno aumento nos custos de transação da rede, contudo, também poderá ocorrer. “Salvar e calcular essas provas de fraude geram um custo computacional maior que o formato atual da Polygon”, justifica Silva.

Confira, aqui, a primeira parte deste artigo.

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