Bloomberg — O fundo Verde, que registrou a segunda queda anual de sua história em 2021, ganhou com apostas em juros no Brasil e em criptomoedas no ano passado, mas não o suficiente para compensar a pressão negativa de sua exposição em ações locais.
O principal erro de gestão foi “não conseguir defender a enorme deterioração do mercado de ações brasileiro”, disse a Verde Asset Management, que gere o fundo e foi criada por Luis Stuhlberger. O fundo ganhou dinheiro com posições tomadas na parte curta da curva de juros e com a compra de inflação implícita, mas “tais ganhos foram pequenos perante a perda no restante do portfólio.”
Em carta a cotistas, o fundo também disse que foi bem-sucedido com alocações de cripto, crédito, commodities e moedas. As alocações foram pequenas, mas “adicionaram valor ao fundo e seguem uma estratégia da gestão de diversificar a alocação de capital do Verde.”
Para 2022, o fundo descreve um cenário com “muitas incertezas” incluindo o início do aperto de política monetária nos Estados Unidos, e a combinação de eleição presidencial e forte desaceleração da economia no Brasil.
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O fundo atualmente carrega cerca de 27,5% do seu portfólio em ações, sendo que 23,5% no mercado local. O Verde também tem posições tomadas em juros nos EUA e na Europa, assim como pequenas exposições compradas em rublo e petróleo.
O fundo caiu 1,1% em 2021, após passar por um dos meses mais difíceis de sua história em outubro, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. O fundo se recuperou após um turbulento início de quarto trimestre e subiu 2,1% em dezembro.
“Não acreditávamos na implosão do teto e no Brasil caminhando para uma taxa de juro real substancialmente acima de níveis de equilíbrio”, disse a Verde. “É um resultado que nos deixa frustrados.”
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