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Ômicron causa ‘apagão’ nas empresas

Também no Breakfast: Mercados voláteis em semana com foco no Fed e na inflação; Novo modelo para a esquerda na América Latina pode surgir do Chile e Demanda por força de trabalho estrangeira cresce e pode favorecer brasileiros

10 de Janeiro, 2022 | 06:41 AM
Tempo de leitura: 2 minutos

Bom dia! Hoje é 10 de janeiro de 2022 e este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias do dia

Com a onda ômicron da pandemia se espalhando rapidamente pelo mundo, a robusta recuperação econômica que vinha em curso está enfrentando uma nova ameaça sobre a qual os formuladores de políticas têm pouco controle: pessoas ligando para dizer que estão doentes.

O que começou como uma série de cancelamentos de voos durante o feriado, quando os pilotos e outros funcionários adoeceram ou foram forçados a ficar em quarentena, está se tornando uma realidade em fábricas, supermercados e portos, e novamente testando as cadeias de suprimentos.

  • O absenteísmo generalizado já está restringindo a produção e vários analistas começaram o ano rebaixando suas previsões econômicas para o primeiro trimestre. Mesmo que o impacto seja temporário, como muitos antecipam, as interrupções e fechamentos provavelmente retardarão a frágil recuperação em alguns setores e pesarão sobre os planos futuros das empresas.
  • Na Capital Economics, o economista-sênior para os Estados Unidos Andrew Hunter calculou que mais de 5 milhões de trabalhadores foram forçados a ficar em casa na semana passada.
  • Mark Zandi, economista-chefe da Moody’s Analytics, cortou sua previsão do primeiro trimestre para a produção interna bruta anualizada nos EUA para perto de 2%, ante cerca de 5%. Mas ele também elevou sua previsão para o segundo trimestre, dizendo que as empresas e a economia estão mais preparadas para enfrentar essa nova onda.
Falta de pessoal afeta fluxo de passageiros no aeroporto de Houston, Texas (Brandon Bell/Photographer: Brandon Bell/Getty)

Na trilha dos Mercados

As bolsas europeias e os futuros de índices nos Estados Unidos bem que tentaram começar o dia em alta, mas não tardou muito para que se desfizessem destes breves ganhos. Nos EUA, os contratos futuros operam num verdadeiro sobe-e-desce. O mercado ainda está se ajustando às mensagens explícitas na ata de política monetária do Federal Reserve (Fed).

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Duas sinalizações do banco central norte-americano abalaram o mercado de renda variável e elevaram os prêmios dos títulos soberanos. Uma é a possibilidade de um aumento dos juros básicos antes do previsto, e a um ritmo mais intenso. A outra é a redução da carteira geral de ativos do balanço do banco central para ajudar no controle da inflação, movimento que sucederia o aumento do custo do dinheiro.

Além do aperto monetário indicado pelo Fed, o mercado reage ao aumento dos contágios pela Covid-19 e a absenteísmo generalizado, que começa a refletir na produção, levando vários economistas a rebaixar suas previsões para o PIB deste trimestre.

  • Muita volatilidade é esperada para esta semana. Serão divulgados indicadores inflacionários na China e nos EUA. Além disso, os analistas estarão muito atentos ao que dirão os membros do Fed que discursam esta semana - há uma bateria de discursos de funcionários do Fed.
Dia de vaivém nos mercados

🟢 As bolsas na sexta-feira: Dow (-0,01%), S&P 500 (-0,41%), Nasdaq (-0,96%), Stoxx 600 (-0,28%), Ibovespa (+1,14%)

Além do “efeito Fed”, os investidores repercutiram dados macroeconômicos como a folha de pagamento dos trabalhadores não agrícolas dos EUA, que aumentou em dezembro em 199 mil, contra um consenso de 400 mil entre os analistas. A taxa de desemprego diminuiu em 0,3 pontos porcentuais, para 3,9%, evidenciando um ambiente de contratação desafiador, que está dificultando o atendimento da demanda em meio à persistente pandemia.

No radar

  • O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, discute as perspectivas econômicas

Terça-feira, 11

  • Audiência de confirmação do presidente do Fed Jerome Powell no Comitê Bancário do Senado
  • Esther George, presidente do Fed de Kansas, e James Bullard, de St Louis, discutem economia e política monetária

Quarta-feira, 12

  • Relatório sobre os estoques de petróleo bruto da Administração de Informações de Energia (EIA) dos EUA
  • Índices de Preços ao Consumidor e ao Produtor da China- Índices de Preços ao Consumidor dos EUS

Quinta-feira, 13

  • Audiência do Comitê Bancário do Senado dos EUA com Lael Brainard, indicada como vice-presidente do Fed
  • Discursam os presidentes regionais do Fed Thomas Barkin (Richmond); Patrick Harker (Filadélfia); Charles Evans (Chicago)

Sexta-feira, 14

  • John Williams, presidente do Fed de Nova York, fala em evento
  • Decisão política do Banco da Coreia, briefing
  • Balanços 4º trimestre 2021: Wells Fargo, Citigroup, JPMorgan

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