Bloomberg Línea — O Bitcoin (BTC) voltou a reagir neste domingo após testar o patamar de US$ 40 mil no início do final de semana. O movimento também aconteceu com o Ether e algumas das mais negociadas criptomoedas.
A maior criptomoeda por valor de mercado estava sendo negociada a US$ 41.901, com alta de 1,01% no dia, perto das 19h10 (21h10 em Brasília). No ano, o Bitcoin tem baixa de 9,2%. Desde o recorde atingido em novembro do ano passado, a principal criptomoeda já acumula perdas de 40%.
Já o Ether (ETH), o segundo maior ativo digital, era negociado a US$ 3.152, com alta de 1,13%.
Depois do “mini-crash” de dezembro, que ocorreu também em um final de semana e fez o Bitcoin derreter 21%, os investidores passaram a ficar preocupados com o efeito da baixa liquidez nas negociações de criptoativos em períodos de alta turbulência nos mercados.
Além da liquidez restrita, a estrutura de mercado baseada em centenas de exchanges desconectadas, que dificultam a possibilidade de arbitragens de preço, ajudam a elevar a volatilidade das criptomoedas.
Como ocorre com outros ativos de risco, as criptomoedas estão sendo penalizadas pela mudança de postura do Federal Reserve e demais bancos centrais na política monetária, com a reversão de estímulos monetários e agora aumento nas taxas de juros para domar as expectativas de inflação.
A ata da reunião do banco central em dezembro, publicada na quarta-feira, sinalizou a chance de aumentos das taxas mais cedo e mais rápido do que o esperado, bem como uma potencial redução do balanço patrimonial. Essas ações removeriam a liquidez do sistema, o que poderia tirar o brilho de ativos especulativos e de alto crescimento.
A pandemia Covid-19 ajudou o Bitcoin a se tornar ainda mais popular à medida que instituições e investidores de varejo se envolveram com o mercado de criptoativos e produtos adjacentes desse universo.
--Com Bloomberg News
(atualizado às 21h30 com cotações mais recentes)
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