Bloomberg — O presidente Jair Bolsonaro sugeriu que os servidores públicos não receberem aumento pelo quarto ano consecutivo, contrariando a pressão dos trabalhadores que tem levado a paralisações e lentidão no trabalho.
“Pode ser que não haja ajuste para ninguém”, disse Bolsonaro neste sábado em Brasília. “Tudo é possível”, acrescentou ele, enfatizando que os aumentos não são garantidos e pedindo por “sensibilidade” da categoria.
A pressão por salários mais altos é apenas a última dor de cabeça fiscal para Bolsonaro, que provavelmente precisará vetar partes do orçamento de 2022 que foi aprovado pelo Congresso. O país não tem recursos suficientes para despesas obrigatórias, de acordo com uma autoridade do Ministério da Economia familiarizado com o assunto.
Um aumento salarial de 10% para os servidores públicos federais custaria aos cofres públicos R$ 20 bilhões (US$ 3,5 bilhões), e não há espaço no orçamento para isso, disse a pessoa, pedindo anonimato porque a discussão não é pública.
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