Bloomberg — A Austrália relatou mais de 100 mil novos casos de covid-19 pela primeira vez em um único dia, conforme resultados de testes caseiros passam a ser incluídos na contagem nacional oficial. Os estados começaram a reintroduzir restrições para ajudar os hospitais, atingidos pela variante ômicron, a lidarem com a rápida disseminação.
Os casos mais do que dobraram no estado de Victoria para 51.356 neste sábado, quando as autoridades começaram a contar os resultados de testes rápidos pela primeira vez. Cerca de 26.428 dos resultados positivos vieram de testes recém-admitidos, que foram feitos na semana passada, de acordo com o ministro da Saúde, Martin Foley.
Em todo o país, foram registrados 116.025 novos casos, incluindo outros 45.098 em New South Wales, onde 1.795 pessoas estão hospitalizadas. O vírus levou nove vidas no estado e em Victoria.
O aumento ocorre no momento em que estados como Victoria e New South Wales decidem suspender cirurgias não urgentes e implementam novas restrições sanitárias para tentar controlar a pressão sobre os hospitais.
Em New South Wales, onde Sydney é a capital do estado, as autoridades estão se preparando para que dobre o número de hospitalizações até 4.700 no final de janeiro. Revertendo o protocolo do início da pandemia, os hospitais do estado estão começando a tratar pacientes com e sem o vírus na mesma enfermaria, informou o Sydney Morning Herald no sábado.
Os casos dispararam em todo o país nas últimas semanas, com o secretário do TesouroJosh Frydenberg e o ex-primeiro-ministro Malcolm Turnbull entre as últimas pessoas mais conhecidas a contrair o vírus.
Em meio a uma escassez nacional de testes rápidos de antígenos, o governo australiano agiu neste sábado para restringir a “exportação indevida” dos kits e proibiu a revenda de testes comprados em lojas de varejo a preços superiores a 120% acima do preço de compra.
O governo também está considerando limitar o número de testes que as pessoas podem comprar a qualquer momento, em um esforço para evitar que o produto suma das prateleiras.
Veja mais em bloomberg.com