Bloomberg — O lendário fundo Verde, que tem retorno acumulado de mais de 18.300% desde sua criação em 1997, registrou uma rara queda anual.
O fundo caiu 1,1% em 2021, após sofrer com apostas em ações brasileiras e passar por um dos meses mais difíceis de sua história em outubro, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. O fundo se recuperou após um turbulento início de quarto trimestre e subiu 2,1% em dezembro.
A outra única vez em que o fundo terminou um ano no vermelho foi em 2008, quando o fundo recuou 6,4% em meio à crise financeira global. O fundo é gerido pela Verde Asset Management, que é comandada pelo veterano Luis Stuhlberger e tem o Credit Suisse como acionista minoritário.
A Verde não comenta.
A queda do Verde -- um dos fundos multimercado mais conhecidos do Brasil -- ocorre em um momento em que a indústria local lida com resgates líquidos à medida que a alta das taxas de juros estimula a migração para apostas em produtos de renda fixa.
O retorno médio de uma cesta de 242 multimercados brasileiros acompanhados pela Bloomberg no período de três meses encerrado em 27 de dezembro ficou positivo em 0,78%, cerca de um ponto percentual abaixo do ganho do CDI.
No ano passado, o Verde aumentou sua exposição a ações brasileiras dado que o mercado parecia precificar um cenário “bastante inóspito” após um forte tombo no terceiro trimestre, segundo a gestora. Mas a bolsa local acelerou as perdas com sinais de que o governo iria quebrar o teto de gastos, o que pressionou a performance do fundo.
A Verde Asset Management tem cerca de R$ 50 bilhões sob gestão, de acordo com seu website.
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